blogues de Magna Casta

Logo, nos Imperdíveis

Nuno Monteiro — Tue, 15 Apr 2014 09:33:21 +0000

Uma conversa com 3 wine bloggers na Garage Wines em Matosinhos. Ricardo Bernardo, Carlos Amaro e o nosso Ricardo Oliveira, que aqui por esta amostra até parece um senhor com estudos.

É logo no Porto Canal, pelas 23h00, no Programa 69 (sim, isso) dos Imperdíveis.

Como devem ter percebido pelo post dos cromos, eu preferia que fosse noutro canal. Mas vejam, que é por uma boa causa.

Post by Imperdíveis.

Uma visita à Central de Cervejas

Nuno Monteiro — Sun, 17 Nov 2013 23:46:05 +0000

Antes de mais, quero começar por tranquilizar a família e amigos.

Sim, sou mesmo eu, o Nuno. Não fui raptado nem meteram um clone no meu lugar. Fui mesmo eu que fui visitar uma fábrica de cerveja e, ainda por cima, a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, S.A (daqui em diante referida como SCC), onde fazem a Sagres. Tendo eu vivido alguns anos no norte, por motivos quase religiosos já vou ser excomungado.

Para os que não me conhecem, eu não sou grande apreciador de cerveja. Bebo tão raramente que, volta e meia, as cervejas que vou comprando para poder ter em casa para as visitas passam do prazo e têm de ir fora. Por vezes abro uma ou outra excepção com cervejas artesanais (por exemplo as que o Rui Barradas Pereira faz em casa) ou... a concorrente Super Bock quando como francesinhas.

No entanto, desafiado pelo Carlos Janeiro, achei interessante visitar uma fábrica de cerveja com um grupo de bloggers com interesse em gastronomia. Como não sou minimamente conhecedor, todo o processo de fabrico era quase desconhecido para mim e tenho sempre curiosidade de aprender alguma coisa.
Além disso, acho que as cervejeiras são uma "máquina" em toda a linha, desde a produção ao serviço nos cafés e restaurantes.

Atrasados por causa de uns cavalos no meio da A1 (não, não estou a gozar), chegámos e já estava Nuno Pinto Magalhães, Director de Comunicação e Relações Institucionais da SCC, a fazer as honras da casa.

Passámos depois para uma sala com uma maquete da fábrica onde, entre outras curiosidades, fiquei a saber que a Central de Cervejas e a Unicer tiveram o mesmo "patrão", o Estado, que o país estava de facto dividido a meio a nível das marcas (Super Bock no Norte e Sagres no Sul, o que explica muita coisa...) e que a única maltaria (que tenho pena que não faça parte da visita) do país fica nesta fábrica. Antes da privatização/separação das empresas, o malte que Unicer usava vinha daqui.

Foi ainda nesta sala que começou a explicação mais técnica, pela Mestre Cervejeira Maria José Sousa, começando por nos falar das matérias-primas que dão origem à cerveja: cevadas, maltes, lúpulos, etc... Como pano de fundo, as imponentes caldeiras (de cobre?) onde se faz o mosto.

Passámos então pela sala de provas, onde não só se fazem provas com os técnicos, mas também com funcionários de todas as áreas da empresa. Com isto, tornam mais abrangente a prova, indo mais de encontro do consumidor comum.

Depois fizemos a viagem pelo resto do processo da cerveja. Começando pelo tanque onde se faz a propagação das leveduras, que é principal segredo da cerveja - ao ponto da levedura estar guardada num banco em Inglaterra. Em seguida os tanques de fermentação, neste caso feito com temperaturas entre os 12º e os 14º.

Só um aparte para agora poder fingir que percebo disto: o tipo de cerveja aqui resultante é lager, sendo feita com leveduras que trabalham melhor em temperaturas baixas. Por exemplo as cervejas inglesas e belgas costumam ser Ale, fermentando a temperaturas mais altas.

Seguiu-se a parte da maturação (tipo um estágio), filtração e - toca a meter "rolhas" nos ouvidos - a monstruosa linha de engarrafamento.

A visita termina no museu onde, para além de te ter toda uma panóplia de objectos e imagens que fazem parte da história da empresa (onde não faltam os vídeos televisivos de todos os anúncios de tv das marcas da SCC, oh nostalgia).
Podem-se provar vários tipos de cereais que dão origem à cerveja, o mosto e tirar a nossa própria imperial. Abri aqui uma das minhas excepções e bebi cerveja, uma Bohemia, e devo dizer que falhei redondamente na tarefa de ir tirar à fonte, pois mais de metade era espuma.
Não vou aqui falar na peça mais emblemática do museu para não amuar certas pessoas, mas as imagens falam por si.

Anos a fio ser o meu ponto de referência quando vinha do Norte, para saber que estava quase a chegar a casa, e nunca me tinha passado pela cabeça que se podia visitar.

Morada: Estrada da Alfarrobeira - 2625-244 Vialonga
GPS: 38.882481,-9.054279
Tel: (+351) 808204771
Web: http://www.centralcervejas.pt/
Email: [email protected]">[email protected]
Visitas: De Seg a Sex, entre as 9:30 e as 10:30 e as 14:00 e as 15:00

Sociedade Central de Cervejas e Bebidas

Colheita Especial da Kopke: comemoração dos 375 anos

Ricardo Oliveira — Sun, 27 Oct 2013 17:43:32 +0000

Quem? A Kopke. O quê? Lançou um Colheita Especial de 1940. Quando? A 16 de Outubro. Porquê? Para comemorar os seus 375 anos. Como? Através de um evento no Solar do Vinho do Porto, em Lisboa. Neste ano em que comemoram os 375 anos de existência, a Kopke decidiu lançar esta Colheita Especial de 1940 (o ano em que ambas as Associações Comerciais do Porto e Lisboa a consideraram a mais antiga casa de Vinho do Porto).

Foram engarrafadas 375 garrafas numeradas (simbolicamente os 375 anos), lançadas em estojo de madeira forrado a pele, com uma cópia do certificado de Mais Velha Casa de Vinho do Porto. Reconhecida como uma casa com um percurso excepcional em Colheitas, escolheu este excelente exemplar (cuja quantidade é reduzidíssima) para assinalar a data.

Tive o privilégio de comprovar a qualidade deste Porto que surpreende pela cor carregada (afinal de contas, tem 73 anos), com um nariz suave onde predominam as frutas secas e especiarias (talvez com toques de fruta madura) confirmadas na boca, onde demonstra uma enorme força logo no primeiro impacto, conjugada com uma grande untuosidade. Com o passar do tempo transforma-se em algo mais suave, sublinhando o caramelo com as especiarias e um toque de vinagrinho, mas é evidente que ainda lá está uma enorme frescura. O final é bastante longo, e relembrou-me porque é que costumava ter um stock de Colheitas da Kopke em casa. Este é, sem grande dúvida, um grande colheita; adoro este estilo. Tawnys velhos... é onde me sinto em casa. E a Kopke é uma referência indiscutível.

Haveria de acabar a prova já cá fora com o João Barbosa...

Kopke

1940

Kopke Colheita Especial

375 anos

Porto

Secar umas garrafas com... Pingus Vinicus

Nuno Monteiro — Thu, 28 Mar 2013 13:12:13 +0000

Quis o acaso do destino que o primeiro convidado do "Secar umas garrafas com..." fosse o Pingus Vinicus, personagem do "xôr professor" Rui Miguel Massa, a quem já se pode chamar um jurássico do mundo dos blogs de vinhaça.
Era para ser um jantar com mais pessoas, mas uns armaram-se em cortes e aproveitámos para meter isto em prática, antes que passassem mais 3 anos desde que a ideia surgiu.

O blog dele, Pingas no Copo, é dos que mais gosto de ler. Gosto de ler pela diferença, pela paixão, por ser parcial e não se importar com isso, pelas divagações meio alucinadas que nos transportam para cenários que poderiam ser de um filme do David Lynch se ele gravasse umas cenas no Dão (no fim não temos a certeza se percebemos).
Como já escrevi algures, muitas vezes leio o que ele escreve sobre um determinado vinho duas ou três vezes e fico sem saber se ele gostou ou não. Mas, who cares?, notas de prova há por aí aos pontapés e já nem para as minhas tenho paciência.

Quanto a pingas “às escuras”, combinámos que ele trazia um tinto e eu abria um branco, pelo qual começámos.

Sendo ele um apaixonado do Dão e, assumidamente, contra um estilo de vinhos mais comerciais, nada melhor do que escolher um vinho feito por um dos enólogos cujos vinhos ele normalmente não aprecia.
Foi um vinho que levantou muitas dúvidas sobre a origem, podia perfeitamente não ser português. Com 5 anos e cor bastante carregada, na boca era corpulento mas tinha uma acidez bem viva que o mantinha sempre interessante e foi muito versátil, acompanhando muito bem queijos, enchidos, tostas de chévre e vieiras.
O pior é que ele gostou. Depois de algumas tiradas “à Pingus” (como eu gosto de chamar quando saem disparadas da boca para fora sem reflexão prévia), cheguei a temer que o homem se atirasse da janela quando desvendámos o rótulo.

Era um PL/LR Velho Mundo VIII (2008) um branco feito pelo Paulo Laureano, em parceria com a Quinta da Casa Amarela. 50% é Antão Vaz, do Alentejo pois claro, e o resto é um lote duriense com Gouveio, Viosinho e Malvasia.

A garrafa que ele trouxe tinha formato borgonhês (para quem não quer saber dessas mariquices, uma daquelas gordas) e, vindo do Pingus, virei-me logo para um Dão.

Aromas iniciais a mostrar um vinho já com uns aninhos, mas foi ficando "cada vez mais novo” conforme passava o tempo. Aquela elegância e frescura também a levar-me pensar que era Dão. Mas era, acima de tudo, um grande vinho.

Entretanto ele lixou-me, pois perguntou-me que produtor do Dão poderia fazer um vinho com aquele estilo... E, de facto, não me lembrava. Ainda atirei para o ar a Sogrape, nunca imaginei estar tão “quente”, mas não me lembrava de nenhum vinho deles do Dão que pudesse corresponder ao que tínhamos no copo. Só se fosse o Único, mas este era certamente muito mais velho do que o primeiro Único.

Mas o meu cérebro estava demasiado formatado para o Dão e não saí dali nem por nada. Mas devia, pois era um bocadinho mais a norte, no Douro. Um Ferreirinha Reserva Especial 1997, um quase Barca Velha que, para nossa sorte, não o foi e custa estupidamente menos.

Um gajo hoje em dia prova vinhos do Douro e dificilmente encontra um com este perfil.

No fim, para acompanhar as lambarices, ainda se bebeu um Domingos Soares Franco Colecção Privada Moscatel Roxo 2004, que é uma presença obrigatória cá em casa.

O Pingus foi mais rápido que a própria sombra e, por isso, publicou algo sobre o assunto logo no dia a seguir ao jantar.

Chiça, como eu gostava de ter esta capacidade (e tempo) de escrever assim tão depressa.

Secar umas garrafas com...

Nuno Monteiro — Wed, 27 Mar 2013 14:00:00 +0000

Nos tempos em que ainda não sabíamos o que era a vida de pais, frequentávamos tudo o que era evento de vinho e que, diga-se de passagem, eram muito menos do que hoje em dia!
Uns dos meus preferidos eram os “Venha beber uma garrafa com...” na Wine O’Clock.

O conceito era simples: Era convidada uma pessoa ligada ao vinho e qualquer um se podia inscrever para ir “beber uma garrafa com...” ela. O anfitrião, que na altura em Lisboa era o Carlos Jorge, escolhia uma garrafa (às vezes mais) que era provada às cegas por toda a gente, incluindo o convidado.

Tanto nos casos em que bastavam 5 tiros para afundar o porta-aviões (só me lembro de 1), como quando todos os tiros iam parar à água, a conversa que se gerava ali à volta de uma simples garrafa escondida fazia valer a pena a ida lá. Mais do que um exercício de adivinhação, os motivos que levavam a apontar para um lado ou outro davam sempre bons temas de conversa e brincadeira. E as rasteiras eram tantas que às vezes os “pros” ainda acertavam mais no charco do que os maçaricos. Uma hora sabia sempre a pouco, o que valia é que a seguir iamos quase sempre jantar ao Aromas e Sabores em Campo de Ourique.

As saudades desses tempos, levaram-me a pensar fazer algo caseiro com características semelhantes. Convidar malta que conhecemos ligada ao vinho para vir comer e beber cá em casa (começando por exemplo por uns bloggers chatos), esvaziar às cegas um vinho escolhido por nós e outro pelo visitante e, no fim, escrever qualquer coisa sobre as divagações à volta dos vinhos, aproveitando para falar mal dos convidados.

Chamemos-lhe: “Secar umas garrafas com...”. A criatividade anda em baixa e não deu para mais.
O primeiro já foi, só que ainda não tivemos tempo de escrever nada sobre isso. Ainda por cima o gajo é rápido e já escreveu sobre o jantar.
Para a próxima temos que convidar um daqueles que demoram tanto a escrever como nós.

Secar umas garrafas com

Os Eventos TWA Facebook

Nuno Monteiro — Sat, 23 Feb 2013 19:00:56 +0000

Já tinha aqui dado um lamiré sobre o grupo TWA (The Wizard Apprentice) no Facebook e referido que é, na minha opinião, um dos lugares com mais “sumo” no que toca a discussões em português sobre vinho. É também por isso o grupo onde mais gosto de participar, pelo que me deu muita satisfação ter ganho a votação de Membro do Ano 2012 pelos membros do grupo.
O prémio até deu direito a umas garrafitas, que decidi que não ia beber sozinho mas sim partilhar com os restantes elementos do grupo no próximo evento.

E são precisamente os eventos do grupo que me trouxeram aqui, pois já não se faz um há quase um ano! O último foi na Pousada de Palmela em Março de 2012 com o tema “Vinhos no Feminino”.

Mas tão ou mais miserável do que não se fazer nada há um ano, é nós não termos escrito sobre esse mesmo evento. Ainda por cima até tínhamos umas fotos razoáveis. Mas eu explico porquê:
Uma das organizadoras foi a Ema que, por esse motivo, não ia escrever sobre isso. Eu, como marido, se fosse escrever bem iam dizer que só estava a elogiar para evitar problemas conjugais. Se fosse escrever mal ia mesmo ter problemas conjugais, por isso ficou assim até hoje. Mas se quiserem saber mais sobre o evento podem dar uma olhada às fotos abaixo, ou ler aqui, aqui e aqui.

O moderador lançou a escada para fazer um nas próximas semanas um pouco mais a Norte, para piscar o olho ao pessoal lá de cima. A minha sugestão foi a Bairrada, mas a coisa parece-se estar a encaminhar mais para o (Riba)tejo. Não sei é se a malta do Norte aceita passar abaixo do Mondego! O que interessa é que não se perca o espírito destes eventos.

E vocês, já estão no grupo? 'Bora lá pôr isto em marcha.

TWA

Facebook

RIPstaurantes

Nuno Monteiro — Fri, 25 Jan 2013 14:22:12 +0000

Este ano que acabou de passar, com a núvem da crise a pairar por cima, foi bastante negro para a restauração. E adivinha-se que 2013 vá ser tão mau ou pior.

Não tanto pela crise, mas por um outro conjunto de circunstâncias, o meu consumo de jantares em restaurantes tem andado muito reduzido nos últimos anos. Assim, quando o faço, prefiro pagar mais por alguma coisa que valha mesmo a pena. Já não tenho paciência para batatas pré-fritas, saladas temperadas com vinagre do pacotinho de plástico, etc. Só vale a pena se for para comer coisas que não dão jeito fazer em casa (por exemplo peixe assado na brasa), ou para ir a restaurantes que marquem alguma diferença.

Era na segunda opção que se enquadravam 3 restaurantes de que já tínhamos aqui falado e que fecharam portas em 2012: O Bocca, o Tombalobos e o Gemelli. Além de uma criatividade (e em muitos casos a técnica) que eu não tenho, chateiam-me particularmente estes fechos por serem restaurantes que tratavam bem o vinho. Custa-me menos ver fechar restaurantes que têm o vinho a levar com luz e calor em cima e os servem tipo caldinho.

Além disso, olhando um bocadinho para o nosso umbigo, a nossa secção de restaurantes transformou-se um autêntico cemitério, o que até obrigou a criar uma subsecção como histórico só para os encerrados. Mas, no fundo, sinto ter uma quota parte de culpa no fecho dos 3 pois não fui a nenhum deles em 2012. Mas há tanta coisa para experimentar que, mesmo que fosse conhecer um por mês, nem sei quantos anos demoraria até conhecer todos. E nem era preciso sair da zona de Lisboa.

Não entro nas discussões filosóficas sobre se a crise tem as costas largas, como costuma acontecer nestas alturas. Deixo isso para os treinadores de bancada. Vou antes recordar os melhores momentos que passei em cada um deles:

Bocca: O casamento magnífico entre o pregado com molho de mexilhão e pinhões com o Senhor da Adraga branco 2009. É nestes casos que um escanção pode marcar a diferença. Mostrou trabalho de casa, não foi para as escolhas óbvias e isto resultou numa combinação que elevou o prato e o vinho a um nível que sozinhos nunca lá chegavam. Grande Ricardo Morais!

Tombalobos: Não tenho tanta memória deste, tirando o que escrevi na altura sobre ele, pois já passaram quase 5 anos. Mas como fã incondicional de pataniscas, recordo as que lá comi como umas das melhores (senão mesmo as melhores) que comi até hoje.

Gemelli: Sem sombra de dúvida o tártaro de vitela barrosã com alho francês, azeite de rucola e “crocante” de queijo Grana Padano no jantar “Os grandes vinhos para 2010/2011” organizado lá pela FlyingWines. Dos melhores pratos que já alguma vez comi... e não gostava de tártaro até àquele dia. Ainda por cima foi “regado” a Barca Velha!

Resta-me fazer uma lista dos restaurantes a visitar em 2013 e esperar que não fechem até eu lá ir.

Aceitam-se sugestões e não é preciso ser em Lisboa, é preciso é ter um serviço de vinhos decente!

Agora é mais fácil comentar

Nuno Monteiro — Wed, 16 Jan 2013 00:40:47 +0000

Isto já andava na calha há vários anos, mas só agora foi possível.
Uma das reclamações mais recorrentes dos frequentadores deste pasquim era ficar com uma imagem de rolhas, em vez da cara, quando faziam comentários. Isso acontecia porque nenhum comentário era autenticado a não ser os nossos.

Podíamos fazer a coisa de 2 maneiras: Ou abríamos o registo a qualquer pessoa, ou usávamos uma solução de autenticação externa. Como achamos que a primeira é uma seca, porque contas a mais já todos temos, optámos pela segunta hipótese e fizemos "outsourcing" dos comentários para uma coisa chamada Disqus.

Desta forma, quem quiser comentar pode fazê-lo usando a sua conta do Twitter, Facebook, Google ou do próprio Disqus. Autorizando a aplicação, sempre que cá vierem autenticados estão prontinhos a comentar e ver as vossas fuças nos respectivos comentários. Além disso, isto ainda nos deu o extra de deixar para eles a parte de lidar com o spam.

Espero que vocês sejam todos bonitos, para não nos estragarem a nova imagem aqui do tasco!

Ano Novo, Cara Nova!

Nuno Monteiro — Tue, 08 Jan 2013 00:08:07 +0000

Em primeiro lugar queremos começar por desejar um Feliz Ano de 2013 a todos os que nos têm acompanhado ao longo destes quase 6 anos.
Os que aqui chegaram certamente já repararam que a Magna Casta está de cara lavada.
Sim, a cara nova no título é por causa disso, pois os machos da casa continuam feios - especialmente o Ricardo, claro - e a deixar crescer a testa.
Espero que gostem da nova imagem e sintam-se convidados a dar a vossa opinião sobre a mesma.

Mas o que parece ser apenas uma mudança de visual é muito mais do que isso. Houve uma mudança muito maior do que a visual na parte que não se vê, o que nos vai permitir aos poucos ir fazer modificações e acrescentar funcionalidades. No topo das prioridades, por exemplo, está a autenticação nos comentários com Twitter, Facebook ou Google, para quem comentar não continuar a aparecer com cara de rolha. Ouviste Hugo? Está quase!
Estamos abertos a sugestões de coisas que possam facilitar a vida a quem nos lê, ou coisas que gostariam de nos ver escrever ou fazer.
Vá, comentem aí qualquer coisa, nem que seja para dizer mal.

Wine Bar Optimus Alive 2012

Ema Martins — Mon, 16 Jul 2012 23:21:02 +0000

Depois de 2 anos sem poder ir ao Optimus Alive, regressei este ano, com amigas que já não via há quase 20 anos. Foi um 2 em 1 muito especial, voltar a um festival de Verão depois de ter um filho e reencontrar amigas e reviver com elas momentos com 20 anos.
Contudo, na minha cabeça permanecia um desejo: ir para o wine bar instalado na zona vip. Abandonei-as, sem ter a certeza que voltaria para junto delas e entrei pela zona vip, directa ao wine bar.
Uma das minhas ideias para as caixas de madeira de vinho, que temos guardado ao longo dos anos, estava à minha frente. O wine bar era todo feito com caixas de madeira de vinho e estava lindo!

Os vinhos disponíveis eram com assinatura Douro Boys, servidos a temperaturas decentes em copos de plástico mais vips que enófilos.
A zona vip é um mundo à parte dentro do festival, de acesso limitado para uma enorme área com dois andares, mesmo de frente para o palco principal. Na parte de baixo o ambiente era de discoteca, com zonas abertas e fechadas, com diversos bares e comida variada, wc e serviço de maquilhagem. Na parte de cima era o lounge wine bar, com um ambiente mais calmo, onde se podia beber um copo de vinho descontraidamente, existia a possibilidade de fazer tatuagens e ir para a grande varanda assistir aos concertos do palco principal. A mim só uma coisa me interessou, o wine bar.
Fiquei ali a observar e a imaginar wine bars por todo o recinto do festival. Mas em que tipo de copos? De vidro não poderá ser e em plástico não é a mesma coisa, embora estes até não se comportassem mal. Pelo menos um Moscatel Wine Bar, um Vinho do Porto Wine Bar e um Espumante Wine Bar( também para poder acompanhar o Leitão à Bairrada das diversas tasquinhas ) seriam viáveis com copos de plástico devido à versatilidade dos néctares, e assim, ter mais ofertas alcoólicas portuguesas de qualidade.
Ficava ali sem qualquer problema até ao final da noite, mas o sms que recebi fez-me olhar pela varanda, e lá estavam as minhas amigas mesmo à frente da zona vip para me resgatar. Fui curtir o festival com elas para a confusão, pó, vento e sem vinho mas diverti-me muito.

Harmonias ComProvadas: Arroz de Tamboril & Casamentos Saborosos

Nuno Monteiro — Thu, 24 May 2012 00:20:55 +0000

O título é quase do comprimento de um camião, mas é porque de facto isto foi um evento 2 em 1 que decorreu no Casino da Figueira. Ao almoço uma Harmonia ComProvada no formato habitual que já temos aqui falado e, durante a tarde, uma palestra entitulada Casamentos Saborosos, que a Alexandra Maciel deu no mesmo dia, na semana do Dia dos Namorados. Eu sei, isto já vem um bocado atrasado mas o tempo... ai o tempo... Como eu gostava de não precisar de dormir.

Foi também a primeira das Harmonias ComProvadas em que eu e a Ema conseguimos ir juntos.
Começando pela Harmonia, estavam 10 vinhos em prova, 8 deles brancos e 2 tintos. Ficámos na mesa onde estavam os outros bloggers presentes, neste dia o Gonçalo Proença e o Nuno Vieira do “E Tudo o Vinho Levou”. O Nuno Vieira fez questão que fôssemos para a mesma mesa de Miguel Cambezes, advogado e gastrónomo com presença habitual no juri das Harmonias, que é sempre garantia de boa disposição.
Os 3 vencedores, com opiniões completamente distintas de mesa para mesa (e mesmo na nossa raramente concordámos) foram:

Roquevale branco 2010
Herdade do Pombal branco 2010
Casa Anadia Estates branco 2010

A única coisa unânime foi que os tintos não casaram nada bem.
Como o almoço foi bastante prolongado, quando demos conta estava quase na hora dos Casamentos Saborosos.
Na palestra, além da apresentação do projecto, foram servidas 2 das harmonizações vencedoras que se adequavam ao tema e semana em causa: As Ostras do Sado com o espumante Ninfa e o Melhor Bolo de Chocolate do Mundo com o Domingos Soares Franco Colecção Privada Moscatel Roxo 2003.
A primeira das harmonias não convenceu todos os presentes. Tal como escrevi na altura, a harmonia das ostras com espumantes não foi assim tão ComProvada.
Quanto à segunda, foi consensual. É de facto um casamento saboroso. Se calhar foi por isso que umas semanas depois fomos dar connosco em Azeitão a comprar o Roxo.

Harmonias ComProvadas: Recheio de Sapateira e Vinhos Portugueses

Ema Martins — Mon, 12 Mar 2012 13:08:14 +0000

A minha segunda participação como jurada no projecto Harmonias ComProvadas foi na 12ª edição. A harmonização foi entre recheio de sapateira e vinhos portugueses e teve lugar no restaurante Bica do Sapato em Lisboa.
Desta vez, conhecia pessoalmente alguns dos jurados, o que tornou esta participação ainda mais enriquecedora que a anterior. Durante a prova as conversas surgiam, ora com uns ora com outros, sempre sobre temas interessantes e maioritariamente relacionados com vinho ou gastronomia.
Mesmo à minha frente o Jorge Nunes e o André Peres, o que permitiu passar o tempo todo a divagar sobre os vinhos que iam sendo servidos e da combinação dos mesmos com a sapateira.

O momento mais hilariante foi quando serviram um vinho tinto frio, no final de uma sessão de brancos. Uns diziam que o vinho tinha Cabernet, outros inclinavam-se para a Touriga e, afinal era um São Domingos Colheita Tinto 2007, com Baga, Tinta Roriz e Touriga Nacional. Até o jurado Miguel Cambezes, cujo o lugar era quase na ponta oposta da mesa, já de pé junto a nós, mandou os seus bitaites. Só visto!
O recheio de sapateira estava divinal! Acho que este até o Nuno comia. Sim, ele também não gosta de marisco com patas.
As sapateiras foram oferecidas por Rui Baltazar da Tejo Ribeirinho e confecionadas pelo chef do Bica no Sapato. Este recheio de sapateira é gratinado no forno e servido ainda quente com pequenos pedaços de pão torrado. O facto de estar quente e ser ligeiramente picante complicou-nos a vida, mas lá fomos fazendo o sacrifício e repetimos a prova com o mesmo vinho até tomar uma decisão.
O restaurante tem uma decoração moderna e uma vista fantástica sobre o rio Tejo. A equipa do restaurante e o serviço de vinhos foi irrepreencivel. Apenas ficou a faltar uma das fantásticas sobremesas da casa para terminar em beleza.

Os vinhos vencedores nesta harmonização foram:
1º) Domingos Soares Franco Colecção Privada Verdelho 2010
2º) Marques dos Vales Grace Viognier 2010
3º) Monte dos Cabaços branco 2010

Mais uma vez, as minhas opções foram muito próximas ao resultado final. Ainda não foi desta que fiz um pleno!
Qualquer pessoa pode participar como jurado deste projecto. Para isso, basta aceder ao blog do projecto e contactar a [email protected]" target="_blank" title="Alexandra Maciel">Alexandra Maciel.

Harmonias ComProvadas: Ostras e Espumantes

Nuno Monteiro — Tue, 28 Feb 2012 13:56:40 +0000

Bica do Sapato, final de tarde em mais um dia de sol deste seco Inverno, uma mesa corrida com 30 pessoas, espumantes e ostras do Sado.
Estavam reunidos todos os ingredientes para mais umas Harmonias ComProvadas e, agora, para algumas pessoas já me estarem a odiar e desistirem de ler o resto.
No entanto, o que podia parecer um final de tarde de sonho foi complicado. Gosto muito de ostras - e estas eram excelentes - mas, sem o restaurante ter colocado mais nada de trincável na mesa, a partir do 3º round de vinhos e ostras tornou-se um bocado difícil de comer.

Ainda por cima com o gás dos espumantes, o meu estômago não achou grande piada à coisa. Penso que, a esta altura, os caros leitores que continuaram a ler já passaram a estar cheios de pena de mim.
A frescura e intensidade das ostras fez com que estas harmonias não fossem tão ComProvadas. Foram poucos os espumantes a cumprir os serviços mínimos, ficando o pódio representado por:

Ninfa
Casa Anadia 2006
Conde de Vimioso Extra Bruto 2007

Apesar de o Jorge Nunes dizer no blog que só o convenceu a ele, também preferi o Rebouça Alvarinho 2007, que não ficou no pódio. Para mim foi aquele em que o sabor se aguentou mais estável na boca o tempo todo em que lá passava a ostra, sem que a acidez em conjunto com a do limão ficasse descontrolada. Mas depois do que ele escreveu no segundo parágrafo (já lhe pedi o NIB para fazer o pagamento), até o desculpo por ele se ter esquecido.
Como já deu para ver nas outras provas, cada boca é uma boca e as sensações são completamente diferentes de pessoa para pessoa e, num leque tão alargado de jurados, os votos da maioria provavelmente andarão mais próximos do gosto de um consumidor normal, que é o que aqui se pretende.

Há voluntários?

Nuno Monteiro — Fri, 24 Feb 2012 14:38:58 +0000

Sabem o que é que dava mesmo mesmo mesmo muito jeito?
Dois pares de braços para efectuarem uma árdua tarefa, impraticável por um gajo com 2 hérnias discais.
Temos uma cave climatizada num armário por baixo de umas escadas, mas infelizmente não tem respiração suficiente e vamos ter que a mudar para a sala.
Fiz este pequeno vídeo para que se veja onde ela está e o trajecto até ao destino. Eu trato de tirar de lá as garrafas antes de se transportar a cave e, já que estão de fora e o trabalho é capaz de dar sede, no final abrimos algumas coisitas :)
Há voluntários ou quê?

http://youtu.be/cevo74OGKg0

CVB - Comissão Vitivinícola da Bairrada

Ema Martins — Thu, 23 Feb 2012 10:00:51 +0000

A minha atenção está focada na CVB - Comissão Vitivinícola da Bairrada.
Pela primeira vez, no passado dia 8 de Fevereiro, foram realizadas eleições para escolher o presidente da CVB. Até agora o presidente era nomeado pelo Ministério da Agricultura, que escolhia um dos nomes sugeridos pelo Conselho Geral da CVB. A tomada de posse é hoje, 23 de Fevereiro, pelas 16h no Museu do Vinho da Bairrada, em Anadia.
O Conselho Geral é constituído por 12 elementos, sendo 6 representativos do sector do comércio e 6 representativos do sector da produção.
Na presidência fica José Pedro da Silva Rodrigues Soares. O vogal do sector do comércio é Alexandrino Amorim, administrador das Caves São Domingos e, o vogal do sector da produção é Victor Damião, presidente da Adega Cooperativa de Cantanhede.
O novo presidente da CVB é enólogo de formação. Trabalhou em algumas adegas e caves da Bairrada, tendo sido chefe de enologia da Adega Cooperativa de Vilarinho do Bairro e das Caves Arcos do Rei. Tem um projecto próprio de engarrafamento de vinhos com o nome de “Ampulheta Mágica".

Só o facto do presidente ser escolhido através de eleições já é bom sinal. Algumas coisas que o presidente já deixou escapar também prometem, como a certificação do vinho, a aposta nos espumantes, a exploração do potencial dos vinhos a nível gastronómico, necessidade de maior cooperação entre todos, não ser o volume de produção que identifica a Bairrada mas sim os seus vinhos únicos e facilmente identificáveis e o facto de pretender ser o elemento agregador da região.
Tenho esperança que com esta geração(opssss já é a minha, estou a ficar uma cota), os produtores de vinho e todas as entidades ligadas ao vinho na Bairrada se tornem mais abertos, passem a partilhar experiências/ideias/informações/etc, fomentem a união e entreajuda em prol da região e da qualidade dos produtos Bairrada, passem a usar da melhor forma todos os meios que têm à disposição para divulgação dos seus produtos, serviços, projectos e região, como por exemplo nas redes sociais e, simplifiquem o seu dia-a-dia diminuindo o exagero de formalismo e títulos utilizados actualmente para tudo.
Nunca me esqueci de algo que o meu amigo André Ribeirinho contou após uma viagem aos EUA. Numa das regiões vínicas que visitou, sempre que aparece alguém novo a querer produzir vinho, os produtores já existentes na região juntam-se para falar com o novo produtor, com o objectivo em garantir a qualidade e boa reputação da região. Passam ao novo produtor todas as suas experiências e informações, como as melhores castas para cada tipo de solo, os melhores métodos de vitivinicultura e tudo o que lhe possa ser útil. Na realidade querem garantir que todo o seu trabalho não é abalado por um novo produtor que faça mau vinho.
Gostava muito de ver isto a acontecer na minha região. Era sinal de grande abertura e evolução deixando finalmente de olhar apenas para o seu umbigo.
Sempre que penso em Bairrada lembro-me duma canção do meu bisavô, músico e compositor, António Ferreira Esteves, que fez a pensar em Vila Nova de Monsarros, aldeia Bairradina. Vou partilhar convosco uma pequena parte já adaptada à Bairrada. Digam lá se não resume bem o estado actual da região:

A Bairrada é um jardim,
Dividido em dois canteiros,
Um está bem cultivado
Porque tem bom jardineiro.

O outro está abandonado,
Com aspecto desolador,
Está cheio de ervas daninhas
Que matam qualquer flor.

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Comissão Vitivinícola da Bairrada	33.01 KB

Os saca-rolhas de lâminas e os gargalos

Nuno Monteiro — Wed, 15 Feb 2012 14:12:40 +0000

Gosto muito de saca-rolhas de lâminas. Habituei-me a eles há uns anos e, desde aí, que é o que mais uso.
Ao sacar a rolha não faz aquele "pop" todo pimpão, mas tem a vantagem de deixar a rolha num estado impecável. E como gosto de guardar as rolhas, é juntar o útil ao agradável.
No entanto, após vários anos sempre a usar sem nenhuns problemas, no espaço de 2 ou 3 meses parti 2 gargalos.
E há uns tempos vi no Facebook a passar uma foto de alguém a quem tinha acontecido o mesmo.
Fui eu que fiquei nabo com isto, são rolhas que são mais largas em relação aos gargalos, é o vidro que tem pior qualidade, ou isto convém afiar?

Calendário Enófilo

Nuno Monteiro — Tue, 14 Feb 2012 13:41:37 +0000

Após vários anos numa tarefa quase solitária de actualizar a agenda, cheguei a pensar que era a única pessoa que ligava àquilo. Mas acabei por continuar sempre a actualizar para meu uso pessoal.
Entretanto, há cerca de 2 anos atrás, descobri que afinal havia 1 pessoa além de mim que a usava. Era o Jorge Nunes, que entretanto passou a enviar com regularidade pelo Twitter todos os eventos que tinha conhecimento e ainda não estavam lá.
Fiquei mais satisfeito durante uns tempos. Gastava uns 5 ou 10 minutos por semana nisto, mas havia um gajo além de mim a dar uso.
O pior é que o número de eventos começou a aumentar exponencialmente e, em vez de gastar 5 ou 10 minutos por semana a actualizar o calendário, tinha alturas em que estava mais de 1 hora de volta disto. Será que valia a pena?
Entretanto, quando reparei, já havia pelo menos meia dúzia de pessoas a usar e a partilhar no Twitter os eventos do calendário e até a combinar entre eles idas a provas que lá viam. Finalmente sentia que não era trabalho em vão.
Mas isso não resolvia o meu problema de falta de tempo para actualizar tanta coisa.
Curiosamente, foi na rede social que muitos encaram como morta, o Google+, que nasceu a ideia de fazer um calendário colaborativo. Uma "posta de pescada" que fiz em resposta a uma notícia sobre um evento que ia haver, gerou uma troca de comentários e, nesse mesmo dia, foi criado o "Calendário Enófilo", que passou a ser actualizado por mim, Diogo Rodrigues, Jorge Nunes, Ricardo Bernardo e Daniel Matos.
Além de me fazer dispender menos tempo, isto ficou com muito mais sumo, porque agora são mais pessoas a estar atentas a tudo o que vai acontecendo.
Para o consultar é no sítio do costume: aqui!
Como há algumas pessoas a subscrever o feed, tenho estado a manter paralelamente o calendário que já existia, de forma a ficarem sempre iguais, mas a ideia é descontinuar o antigo e ficar só este novo.

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Baga Friends

Ema Martins — Fri, 10 Feb 2012 15:13:42 +0000

Em 2010 foi criado o projecto Baga Friends com o objectivo de preservar, defender, divulgar e promover os vinhos da Bairrada produzidos com a casta Baga.
Teve origem nas preocupações comuns de Mário Sérgio Alves Nuno (Quinta das Bágeiras) e Filipa Pato, com o arranque das vinhas de Baga e com o facto de muitos produtores da região apostarem totalmente em castas internacionais. Alguns produtores da Bairrada e um do Douro, apaixonados pela casta Baga, juntaram-se a eles, unindo esforços para atingir os objectivos do projecto. Fazem então parte do projecto os seguintes produtores: Filipa Pato, Kompassus, Luís Pato, Niepoort, Palace do Bussaco, Quinta das Bágeiras, Quinta da Vacariça e Sidónio de Sousa.

O mercado requer produtos diferenciados, distintos e genuínos. O bom vinho de Baga da Bairrada é um desses produtos que deve ser preservado e potenciado.
É na distinção de produtos de grande qualidade que está o nosso futuro e, não em produtos iguais a tantos outros, que se produzem em grande quantidade por todo o mundo.
Tenho vontade de chorar sempre que me lembro que algumas vinhas velhinhas lá de casa, maioritariamente de Baga, Maria Gomes e Bical, foram arrancadas devido aos subsídios da UE. Podem voltar a ser vinhas mas os anos perderam-se.
Fico tão danada com este tema, que não sei se no final compreendo mas não aceito, ou vice-versa, os produtores e vitivinicultores que arrancaram as suas velhas vinhas e os que optaram apenas pelas castas internacionais.

Os Baga Friends já promoveram algumas acções/eventos, num dos quais tivemos a honra em participar, o evento Another Big Day @ Quinta de Nápoles, organizado pela Niepoort.
Em 2011 o evento teve como mote os Baga Friends. Estavam presentes todos os produtores do projecto Baga Friends, os produtores do projecto Douro Boys e alguns produtores estrangeiros a representar a Niepoort Projectos.
Relativamente à Quinta de Nápoles, a grande novidade para nós foi poder visitar a cave do vinho por baixo da sala da recepção, instalada pela Cave do Vinho. Quando for grande quero uma só para mim!
Da sala da recepção é possível aceder à adega passando por um pitoresco corredor. Parece-me pitoresco, tendo em conta as fotos que vi, pois eu fui de elevador com o filhote e toda a logística. O Henrique nessa altura ainda não tinha 1 ano, passou o dia todo na Quinta de Nápoles ora enfiado no sling, ora no carrinho, ora a brincar e até dormiu a sesta. Correu bem!
Pela adega estavam espalhados todos os produtores acima indicados com os seus fabulosos vinhos á prova. É uma verdadeira loucura vaguear pela adega e ir provando vinhos, falando deles com os seus produtores e enólogos, criticos de vinhos, wine bloggers, empresários, outros produtores e enólogos, viniticultores e enófilos. Um experiência muito enriquecedora.
O almoço teve lugar noutro andar da adega. Começou com ostras, enchidos, sushi, etc, depois com as criações do chef Rui Paula do DOC e DOP, que se podia ver na cozinha numa azáfama com a sua equipa. O primeiro prato foi açorda de robalo, o segundo foi coxa de pato confitada sobre espargos e puré, com molhos de trufas e a sobremesa foi cilindro de maçã crocante com canela e gelado. Estava tudo divinal.
Como podem imaginar, muitos eram os vinhos que acompanharam o almoço havendo combinações para todos os gostos.
A sobremesa foi servida na fantástica sala de provas que dá para um pátio amplo e para uma grande varanda sobre o rio Douro. Na sala estava uma enorme mesa repleta de iguarias, foram servidos diversos fortificados, dos quais o Moscatel 1977 da Niepoort foi a estrela, e por fim o belo do café.

A Niepoort sempre em alta, a organizar mais um evento de grande qualidade, com participantes de várias nacionalidades, a divulgar os seus projectos de uma forma muito mais eficáz que a maioria das comuns acções de marketing.
Espero que o projecto Baga Friends seja um sucesso pois não poderia concordar mais com os seus objectivos. Vinho Baga de qualidade para sempre!

Harmonias ComProvadas: Espumantes e Terrina de Fígados de Aves

Ema Martins — Mon, 06 Feb 2012 13:34:32 +0000

Já há muito tempo que estava para participar no projecto Harmonias ComProvadas mas nunca me foi possível aceitar o convite. Finalmente consegui estar presente na sétima prova que consistia na harmonização entre espumantes portugueses e terrina de fígados de aves, realizada no restaurante Casa da Comida em Lisboa.
Tive pena por o Nuno não ir comigo mas alguém tinha que ficar com o nosso filhote. Acreditem, seria um fartote vê-lo a tentar comer algo cuja a base é fígado. Um espectáculo não recomendado a pessoas sensíveis.

Quando me estava a preparar para fazer a reportagem fotográfica, reparei que me tinha esquecido da máquina mais apropriada para o espaço. Saquei da suplente que está sempre pronta na minha mala e fiquei danada. Não tinha bateria. Restou-me o smartphone que teria salvo a reportagem se não fossem os restos de baba do Henrique na câmara.
O restaurante Casa da Comida é muito acolhedor com uma decoração clássica e grandes vidraças que dão para um belo pátio. Inclui na sua carta pratos tradicionais, alguns difíceis de encontrar, muitas referências de vinhos e alguns deles disponíveis a copo.
Como sempre, o júri da prova foi constituído por pessoas de diversas áreas, o que torna as conversas interessantes e diversificadas. Tive a oportunidade e prazer em conhecer pessoalmente pessoas que sigo na internet e felizmente não fiquei desiludida.
Foram provados às cegas 9 belíssimos espumantes de várias regiões vitivinícolas com a terrina de fígados de aves. A receita foi elaborada especialmente para a prova com sultanas marinadas em espumante, envolvida em folhas de couve lombarda e apresentada em formato triangular.
Enquanto lutava por ignorar o meu lado mais enófilo lá fui provando e classificando cada combinação. É engraçado perceber as diversas opiniões do juri, os que se deixam influenciar ou não pela opinião dos outros, e o aumento gradual da curiosidade em querer saber o que estão a beber e quais são os vencedores.
No final, o resultado é sempre uma grande surpresa que deixa os participantes eufóricos. Neste caso os vencedores foram:
1º) Rebouça Alvarinho 2006 - Vinhos Verdes
2º) São Domingos Elpídio Bruto - Bairrada
3º) Ninfa - Tejo
Embora a minha classificação estivesse quase igual aos resultados finais, a combinação que mais gostei não ficou nos três primeiros lugares.
Gostei da experiência que espero repetir em breve.

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Harmonias ComProvadas: Lulas Recheadas e Vinhos Tranquilos

Nuno Monteiro — Tue, 31 Jan 2012 14:00:49 +0000

Depois da prova das sardinhas de que aqui falei há dois meses atrás, tive o prazer de voltar a ser jurado numa prova das Harmonias ComProvadas.
Desta vez com a vantagem de ser um prato que gosto bastante (e sem espinhas). E estas lulas recheadas do restaurante “O Funil”, em Lisboa, eram bem boas!
Dez vinhos foram desfilando nos copos pretos que iam sendo colocados à nossa frente, para ver quais harmonizavam melhor com este prato. Desta vez esqueci-me de fazer uma cábula, mas salvo erro foram 6 brancos, 3 tintos e um rosé.

Além de gostar muito da ideia de harmonizar os pratos com os vinhos, participar nestas provas tem bastante piada para ouvir o que se diz à volta.
Desta vez fiquei mesmo num ponto central entre grupos de pessoas completamente diferentes que não conhecia. Desde pessoas que estavam a participar pela primeira vez numa prova, passando por interessados até aos profissionais da área.
À medida que ia provando e classificando (a classificação não tem nada a ver com a qualidade do vinho, mas sim com a sua ligação pela comida) ia ouvindo as opiniões e observando a enorme diversidade de opiniões. Deixa sempre uma enorme curiosidade de ver qual o resultado final.
And the winner is...
1º - Vila Santa Reserva branco 2010
Seguido por:
2º - Duas Quintas branco 2010
3º - Muros Antigos Loureiro 2010
Apesar do recheio com carne, foram 3 brancos a “limpar” os 3 primeiros lugares. Embora as minhas primeiras escolhas não tenham bem coincidido com os vencedores (na minha opinião 2 deles sobrepunham-se um pouco às lulas), concordo plenamente que a combinação com os brancos funcionou melhor.
A grande desilusão para mim foi o rosé em prova, que na teoria até me parecia poder resultar bem (e este é bem feito), mas que com as lulas foi directo para o litigioso.

#PortDay

Ema Martins — Fri, 27 Jan 2012 14:17:20 +0000

Sabiam que o Dia Internacional do Vinho do Porto é 27 de Janeiro? É hoje.
Foi criado pelo Center for Wine Origins, lançando assim a iniciativa #PortDay, na qual todos podem participar onde, como e com quem quiserem, partilhando o que quiserem sobre o tema na internet(redes sociais, blogs, sites, etc).
O objectivo desta iniciativa é encorajar o consumo do Porto genuíno protegendo assim a designação de origem do Vinho do Porto.
O Instituto do Vinho do Porto já apoiou a iniciativa e nós também queremos apoiar, por isso vamos juntar-nos aos nossos amigos dos Desafios da Adega e da Adegga numa prova de Vinho do Porto no restaurante Rubro em Lisboa.

Temos uma boa desculpa para abrir mais um Warre’s LVB 2001 que escolhemos para levar e partilhar com amigos.
Participem também no #PortDay e celebrem este néctar português delicioso.

100 anos de Taylor's a fechar 2011

Ricardo Oliveira — Mon, 02 Jan 2012 23:54:29 +0000

No último dia do ano - e já que 2012 é o ano da anunciada desgraça - aproveitei para me oferecer uma prenda, e apostar na visita ao Centro de Visitas da Taylor's, mais propriamente à sala de provas, ao lado do restaurante Barão de Fladgate. Cheguei por volta das 15h, fui recebido com uma breve explicação da História da Taylor's e foi-me oferecida a prova grátis (aparentemente standard) do Chip Dry e do LBV 2005.

Sentei-me numa das mesas ao dispor - mesmo ao lado da janela, onde se podia ver um lindo jardim - e saboreei o LBV, enquanto analisava a carta. Saíam alguns turistas espanhóis e ingleses, enquanto entrava um casal de franceses; a equipa da casa recebia-os com uma enorme simpatia, mesmo sabendo que estávamos no último dia do ano.
Decidi-me entretanto: o Tasting Pack dos Tawny 10, 20, 30 e 40 anos prometia, e eu gosto de pensar que o meu 2011 merecia uma prenda. Ao mesmo tempo que pedi esta prova, entrou uma visita de algumas dezenas de Japoneses, e ainda que a sala ficasse cheia, o meu pedido chegou rapidamente. A atenção ao detalhe, a simpatia e a amabilidade - para não falar da prova propriamente dita - são regra nesta casa.
Sem tirar o mérito aos 10 e 20 anos, fiquei fã do 30 e, especialmente, do 40 anos. Para quem estiver por perto com 30 minutos livres, aconselho vivamente a visita e a experiência de uma prova à escolha. Para além da qualidade dos vinhos - não que isso estivesse em questão - a Taylor's sabe receber, e fá-lo com enorme qualidade. Mesmo no último dia do ano, sabendo que estão a 60 minutos de fechar o Centro de Provas (pelo segundo dia do ano), o profissionalismo impera.
Os parabéns à equipa, que de uma forma dedicada faz muito pelo Vinho do Porto, pela região e, no limite - até porque precisamos de turistas satisfeitos - por Portugal.

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Está a chegar o Adegga Wine Market 2011

Nuno Monteiro — Thu, 01 Dec 2011 00:32:30 +0000

Após 2 edições anteriores eis que, daqui a umas horas, chega mais uma edição do Adegga Wine Market.
Um evento descontraído, sem gravatas e sem produtores atrás das mesas onde, além de provar, podemos comprar os vinhos a preços (em boa parte dos casos) mais simpáticos do que encontramos nas lojas.
Este ano, a grande novidade é a sala premium, uma sala onde estarão à prova topos de gama e Vinhos do Porto antigos, sem o habitual formato de estar nas cadeirinhas com alguém a apresentar. Está presente um escanção profissional a dar o apoio à prova, mas cada um prova na ordem que bem entender. A entrada nesta sala tem um pagamento adicional de €20 mas, na minha opinião, vale o dinheiro. Há lá alguns vinhos presentes em que os €20 mal pagam o cheiro.

E perguntam vocês: porque é que só dizes isso hoje?
Porque queríamos publicar isto com o vídeo que fizemos o ano passado e nem imaginam a tourada que foi para editar isto. Desde computadores a ficarem sem o som, a programas que crashavam ao exportar o vídeo para um formato que desse para meter no youtube... enfim, a Ema à última da hora lá conseguiu no portátil dela, o que deve ser um sinal de que eu devia deixar a informática e dedicar-me de vez ao vinho.
Fiquem então com o vídeo da edição do ano passado para abrir o apetite para logo.

Sardinha rima com...

Nuno Monteiro — Mon, 14 Nov 2011 13:25:19 +0000

... Conde do Vimioso (tinto 2009 e rosé 2010) e com Piornos Reserva Tinto 2007. Pelo menos foi esse o resultado da prova de harmonia entre sardinha assada e vinhos portugueses, que se realizou no dia 25 de Outubro no Restaurante Verde Gaio em Campo de Ourique, Lisboa.
13 vinhos de várias regiões do país foram provados às cegas por um júri de 24 elementos, do qual eu fiz parte, para ver quais acompanhavam melhor a sardinha assada com batatas e salada mista com pimentos. 3 brancos, 2 rosés e 8 tintos, que tinham como condição terem um preço no produtor não superior a €4 e uma produção mínima de 100 mil garrafas. Isto porque, para acompanhar a sardinha, querem-se vinhos populares (até porque a maioria dos restaurantes se encarregará de lhes triplicar o preço), fáceis de encontrar e que não estejam já esgotados na altura dos Santos Populares.

Esta prova insere-se no âmbito de um projecto da Alexandra Maciel, que pretende reunir num livro diversas provas de harmonia entre pratos tradicionais portugueses e vinhos portugueses. No total serão realizadas cerca de 50 provas de harmonia ao longo de um ano.
Foi com alguma surpresa que recebemos o convite para fazer parte do júri, especialmente depois de ver nomes de profissionais de longa data da área de vinhos e gastronomia na lista. Mas a ideia é precisamente que seja uma miscelânea de profissionais com amadores e outros que são apenas interessados.
Por motivos de saúde a Ema não pôde ir, mas ficou cheia de pena não só pela participação como por não poder gozar comigo a lutar com as espinhas das sardinhas.
Apesar de não ser dos peixes das minhas preferências, é um animal com características muito próprias, o que trouxe algumas curiosidades nesta prova:

Os tintos na generalidade resultaram melhor que os brancos, o que deita por terra o mito de que peixe é com branco;
Um vinho ser melhor não quer dizer que faça melhor parelha com um prato. Por exemplo o que, para mim, era o melhor branco em prova, foi o branco que pior casou com a sardinha. Um verdadeiro divórcio;
O Verde Tinto (Vinhão) em prova, que muitos dizem que é o casamento ideal para a sardinha, não convenceu. Se calhar era a falta da malga... Ou então, como já ouvi alguém dizer, o Verde Tinto sabe melhor quando bebido no Minho.

O mais provável é que as outras provas tragam também o desfazer de algumas ideias pré-concebidas o que, só por si, já dá todo o mérito a este projecto. Dá vontade de perguntar como é que nunca ninguém se lembrou disto antes!
Não queria terminar sem enaltecer o esforço do dono do restaurante que, após uma noite de temporal, teve em encontrar sardinhas uma missão quase impossível.

A Grande Reserva do João Barbosa

Ricardo Oliveira — Mon, 07 Nov 2011 14:26:59 +0000

Não deixa de ser curioso o meu primeiro artigo no blog ter sido sobre Vinho do Porto, e o segundo ser sobre... um livro. O autor - João Barbosa - ganha o meu respeito logo na ficha técnica, quando refere que respeita a ortografia anterior ao actual acordo ortográfico.
O João Barbosa é um (re)conhecido profissional, com um longo percurso de sucesso no jornalismo e nesta área da enologia em geral, sendo também um consistente blogger; conheci-o pessoalmente numa prova que fizemos na Sogevinus, em Gaia.

Este Grande Reserva é, acima de tudo, um livro sobre o que está por trás do mundo do Vinho, especificamente muitas das histórias - que fazem parte da História - de Quintas, de Pessoas, e de Vinhos. O cuidado com o pormenor é notável, e não tenho dúvidas que muitos dos conteúdos envolveram investigação apurada dos factos.
Não me vou alongar sobre os conteúdos especificamente - até porque ainda estou a cerca de 80% - mas garanto que este é um livro a que ninguém fica indiferente, goste ou não de Vinho. Estou a preparar a compra de alguns exemplares para oferecer no Natal....
Os meus parabéns ao autor.

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O Vinho do Porto está (muito) barato

Ricardo Oliveira — Fri, 07 Oct 2011 22:29:26 +0000

Antes de começarem os insultos: sim, eu sei que estamos numa época de recessão, e que os próximos tempos vão ser mais difíceis; também sei que a grande maioria dos Portugueses compra vinhos no segmento

Vou escrever este texto completamente consciente da situação em que estamos, mas também convencido que o que eu vou dizer - de acordo com a perspectiva que apresento - é igualmente verdade. Mesmo.
Todos temos o hábito de escolher uma bebida para aquelas ocasiões especiais, em que queremos comemorar algum acontecimento com a família ou amigos: um aniversário, a entrada de um filho na universidade, o primeiro emprego... enfim, a imaginação é o limite. O chefe da casa escolhe um whisky (o guilherme passeante ou o cavalo branco) e/ou um champanhe (rima com mudasti ou oet) estrangeiro, porque como sabemos o que é estrangeiro é bom, serve-os na temperatura errada, nos copos errados, mas como escolheu umas etiquetas conhecidas ninguém vai pensar que fez uma má escolha. Claro que também não vão ficar satisfeitos com a experiência.....
Estas escolhas, para além de não beneficiarem os convivas e desiquilibrarem a balança comercial, tendem a influenciar desde cedo os jovens (com idade para beber álcool) de forma a que prefiram beber álcool de baixíssima qualidade misturado e às cores, caro, em copinhos minúsculos e de preferência de forma a ficarem com a língua adormecida (vá-se lá saber porquê...). Por definição, não concordo que sejamos ultra-nacionalistas ao ponto de só comprarmos produtos nacionais, mas neste caso temos produtos nacionais de elevadíssima qualidade, a um preço extremamente atractivo, e que vão deixar os convidados satisfeitos (desde que seja servido como deve ser).

Para quem queira começar aos poucos, aconselho vivamente os Porto Tawny 10 anos (a relação qualidade-preço é imbatível), servidos ligeiramente frescos como aperitivo ou digestivo (preferencialmente como acompanhamento de uma sobremesa). Os 10 anos indicam a média de idade de vários vinhos misturados para produzir o resultado final. São vinhos muito fáceis de beber, e estamos num patamar de cerca de 12 a 20€ com grande número de marcas e estilos que podemos experimentar até encontrarmos o que mais nos agrada. Com o passar do tempo, e se o paladar pede algo mais... temos os 20, 30 e 40 anos. Existem também os Colheita, que são Tawny de um único ano, indicado no rótulo; para além de ser interessante alinhar o ano com algum evento especial, ajudam a perceber as características específicas daquele ano.
Existe ainda outro estilo neste patamar, que são os LBV - produzidos a partir de uma colheita, e depois de um período inicial em balseiros passam para garrafas onde fazem uma grande parte do seu estágio (ao contrário dos Tawny, que envelhecem principalmente em cascos de carvalho). Diz-se que os LBV são um bocadinho de um Vintage (com qualidade inferior, naturalmente) mas sem a desvantagem dos 4-16 porque se podem beber de imediato (esta regra dos Vintage é variável de produtor para produtor: 3-17, 5-15, etc), isto é, beber durante os primeiros 4 anos ou depois dos 16 seguintes.

Existe ainda o patamar dos Garrafeira (praticamente desapareceram do mercado), os Vintage (o supra-sumo do Vinho do Porto) e vários outros patamares abaixo dos Tawny, como por exemplo os Tawny Reserva que são orientados - na minha perspectiva - para consumo mais rápido e menos preocupado com a experiência.
A minha conclusão final é: se quiser um muito bom aperitivo ou digestivo, com ou sem sobremesa, escolha um Vinho do Porto. É Português, é das melhores bebidas do mundo, é barato (tendo em conta a sua relação qualidade-preço) e vai dar-lhe prazer a si e aos seus convivas. Estou a acabar de escrever este artigo com um golinho de 30 anos...
Por fim, há mais uma razão: a sua garrafa de Vinho do Porto, em qualquer parte do mundo, vai ser sempre uma oferta adorada.

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Adegga

Ema Martins — Wed, 14 Sep 2011 13:38:23 +0000

Já vos falámos sobre o Adegga? Se já falámos, vamos ter de o fazer outra vez.
O Adegga é uma rede social de vinhos criada em Portugal por portugueses mas com âmbito internacional, o se percebe pelas 7 línguas em que está disponível. Tem utilizadores de todo o mundo assim como vinhos, produtores, garrafeiras, etc.
De forma gratuita, entre muitas outras funcionalidades, é possível escrever e ver notas de prova de determinado vinho, ver as suas caracteristicas, onde se vende e a que preço, o que se diz dele na blogoesfera, obter a cada momento uma lista com os vinhos que já provou, os que pretende comprar e os que tem actualmente na adega de sua casa, pesquisar e adicionar vinhos, produtores, garrafeiras, etc.
O Adegga é sem dúvida uma óptima ferramenta para quem gosta de se manter actualizado sobre vinhos, gosta saber a opinião de outros e manter organizada a sua adega pessoal.

Pode também ser usado pelos produtores para divulgação e promoção, portefólio dos seus vinhos e projectos, de forma simples e dinâmica, mantendo-se assim activos, mais próximos dos consumidores e informados. Assim podem reagir rapidamente ao mercado e incrementar as vendas. Para isso, os produtores apenas têm de aderir a uma conta paga que lhes dá acesso a várias funcionalidades extra, não disponíveis na conta gratuita.
Além da rede social, estes senhores criaram o AVIN, que é um código único para cada vinho e, permite aos produtores e consumidores identificar um vinho através de um código. O AVIN está a tornar-se num standard devido à adesão em o utilizar por parte dos produtores.
No Adegga aliam o AVIN com o QRCode para obter a informação de determinado vinho. O QRCode é uma espécie de código de barras a 2 dimensões, que pode conter texto ou links para páginas da Internet. No caso dos QRCodes do Adegga, basta que cada garrafa os tenha impressos para que possam ser lidos através de um telemóvel de última geração, obtendo-se o endereço da página do vinho em questão no Adegga, onde está agregada toda a informação do mesmo e, assim, ajudar o consumidor na escolha de vinhos durante as suas compras.
As mais recentes novidades do Adegga são a venda de vinho online - Adegga Selection e um evento anual de prova e venda de vinhos - Adegga Wine Market.
Portugal precisa de muitas pessoas destas. Inovadoras, pró-activas, eficientes e com muita ambição. Em especial o André Ribeirinho, que teve a coragem de abandonar um emprego estável e aliciante no incumbente das telecomunicações em Portugal, para se dedicar a este projecto fascinante.
Recentemente o seu colega André Cid, juntou-se a ele a 100%. Pelo sucesso do projecto, prevejo que os dois não serão suficientes para dar vazão a tudo e garantir a manutenção e evolução do projecto. Talvez em breve o terceiro elemento, Emídio Santos, também passe a ficar a 100% no projecto.
Nós vamos continuar a seguir o projecto, as suas iniciativas e a utilizar o Adegga. Sigam-nos também no Adegga: Ema Martins, Nuno Monteiro e Ricardo Oliveira.
Isto já era para ter sido publicado há meses, com um vídeo do Adegga Wine Market do ano passado, mas o Nuno nunca mais trata de arranjar o som do computador lá de casa onde editamos os vídeos. A ver se vem a tempo do próximo Adegga Wine Market.

Retoques

Nuno Monteiro — Sun, 28 Nov 2010 15:42:06 +0000

Já há muito tempo que queremos fazer mexer o Magna Casta.
As ideias são muitas mas o tempo é cada vez mais curto. Até para nos conseguirmos juntar os 3 e clarificar ideias...
Após cerca de 1 ano a dizer que tínhamos que nos sentar à mesa a falar, finalmente conseguimos esta semana. Aproveitando uma vinda do Ricardo a Lisboa, juntámo-nos à volta de uns lombinhos de porco ibérico no forno e uma garrafa de Quinta dos Quatro Ventos Reserva 2001 e começámos a definir algumas coisas.
Para começar, fizemos algumas mudanças na organização do site:

Criada uma nova secção de eventos. Os eventos estavam como parte integrante do blog, mas achamos que isso não faz sentido até pelo número de eventos que temos frequentado. Além disso, queremos começar a usar a parte de blog mais como blog. Isto é, torná-lo um pouco mais livre e opinativo;
A secção de Informação está a ser alterada de forma a evitar que fique desactualizada;
Acrescentados links para as redes sociais e feeds no rodapé;
Limpeza de"lixo" na barra direita. Havia muita coisa que só estava a ocupar espaço e não trazia nenhuma mais-valia;
Acrescentado no lado direito um link para os "Portuguese Wine Bloggers".

E para já é só.

Queriam mais? Também nós, é esperar que o tempo nos deixe.

Adegga Wine Market

Nuno Monteiro — Fri, 26 Nov 2010 16:07:51 +0000

É já amanhã (27 de Novembro) que se vai realizar a 2ª edição do Adegga Wine Market.

Usando as palavras dos próprios, "O Adegga Wine Market é um evento de prova de vinhos em ambiente informal na companhia de quem produz o vinho e com possibilidade de compra dos vinhos em prova. Vai ser um evento sem stands e sem gravatas e o espaço vai contar com sofás e música para podermos aproveitar os melhores momentos da prova de vinho.".

O local é o mesmo do ano passado - o Teatro Aberto - junto à estação de metro da Praça de Espanha.
Para quem quiser ir de carro, o estacionamento também é fácil (e gratuito) à volta.
Tal como no ano passado, este ano vamos estar lá a dar uma ajuda. Esperamos por vocês entre as 14h e as 21h30.

Entrada: O evento tem um custo de 7.5€ que inclui um copo de vinho Riedel. Não é preciso inscrição.
Página para o evento: http://www.adegga.com/winemarket
Lista de vinhos: no Adegga.com http://bit.ly/9AiB1c
Produtores confirmados: Adega Monte Branco (Alentejo), Casa da Darei (Dão), Casal Branco (Tejo), Cortes de Cima (Alentejo), Esporão (Alentejo), FlyingWines (Várias), Herdade do Portocarro (Terras do Sado), Herdade dos Lagos (Alentejo), Horta de Gonçalpares (Beira Interior), João Brito e Cunha (Douro), Luis Duarte (Alentejo), Mark Stephen Schulz (Tejo/Douro), Paulo Laureano (Alentejo), Poças (Douro/Porto), Quevedo (Douro/Porto), Quinta da Casa Amarela (Douro), Quinta da Carvalhosa (Douro), Quinta de Gomariz (Vinho Verde), Quinta do Côtto (Douro), Quinta do Gradil (Lisboa), Quinta do Mouro (Alentejo), Quinta do Perdigão (Dão), Quinta Dona Matilde (Douro/Porto), Quinta dos Cozinheiros (Beiras), Rui Reguinga (Várias), Solar de Lobos (Alentejo), Terra de Tavares (Dão), Torre do Frade (Alentejo), Vale d’Algares (Tejo) e Vinhos Douro Superior (Douro).

Para abrir o apetite, aqui ficam algumas fotos que tirámos na edição do ano passado.

A Garrafeira Magna Casta de Anadia

Nuno Monteiro — Mon, 11 May 2009 22:26:43 +0000

Ao contrário do que o título pode parecer indicar, nós não abrimos nenhuma garrafeira em Anadia.
Há cerca de 3 anos atrás, decidimos a criar este projecto ligado ao mundo do vinho. Devido a algumas indecisões, e à falta de um nome que nos agradasse, ficou quase 1 ano a marinar até que, assim quase do nada, nos surgiu o nome "Magna Casta". A analogia à Magna Carta e, ao mesmo tempo, chamar grande à casta, agradou-nos a todos, especialmente pelo facto de o google não retornar resultados para a pesquisa. Estava escolhido o nome e foi assim que, em Maio de 2007, nasceu o nome e respectivo registo do domínio magnacasta.com.
Desde aí foram 2 anos de muita dedicação. Já perdemos a conta aos Kms de estrada percorridos, às horas de sono perdidas, aos sites e revistas lidos e às formações a que temos ido para melhorar os nossos conhecimentos.
Por tudo isto, e porque temos várias coisas planeadas para os próximos tempos, decidimos registar a marca.
Acontece que, no dia em que fomos ao site do INPI para fazer o pedido de registo, verificámos que já alguém o fez por nós, ou melhor, que aproveitou o facto de não termos registado a marca. Além disso, vejam só a coincidência, o pedido foi feito por alguém de Anadia. O que tem ser Anadia? Não só é a terra de um dos elementos da Magna Casta, a Ema, como é das zonas do país onde temos mais amizades e conhecimentos com produtores.
Adicionalmente, fazendo uma pesquisa no google por vários produtores da zona, aparece sempre o nosso site na primeira página. Por exemplo: Caves Solar São Domingos, Luis Pato, Colinas de São Lourenço, Campolargo, Quinta do Encontro, Quinta das Bágeiras, entre outros.
É altamente improvavel, que não tenha sido aproveitamento.
É um facto que devíamos ter registado a marca antes, mas fomos induzidos em erro; tinham-nos dito que era preciso ter actividade aberta e, claro, ingenuidade da nossa parte... De qualquer forma, a marca ainda não está registada. Terminou hoje o período no qual se pode contestar o pedido de registo e foi o que fizemos. Pode não dar em nada, mas não podíamos baixar os braços. Especialmente depois de ver a cidade de Anadia completamente cheia de placas e faixas a dizer "Magna Casta - Vinhos e Gourmet"! É que quem fez o pedido para registar a marca já fez questão de abrir uma loja com esse nome, mesmo antes do processo de registo estar concluído, estando a cometer uma ilegalidade.
Não nos interessava estar nesta situação, mas infelizmente fomos levados a isto, por alguém que alegadamente se quis aproveitar do nome que com tanto esforço criámos.

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