Decorreu no passado fim-de-semana mais um evento vínico no qual marcámos presença. Estivemos mesmo quase para ir os 3 juntos mas, em cima da hora, acabou por não dar e o Ricardo acabou por ir no Domingo. Vamos portanto fazer uma entrada no blog repartida, em que eu falo da nossa experiência no Sábado e o Ricardo fala sobre Domingo.
Para mim e para a Ema acabou por ser um evento bastante diferente dos anteriores. Isto porque fomos com 3 amigos nossos que não costumam andar tanto nestas andanças como nós. Aliás, para um deles foi a estreia absoluta. O problema foi mesmo a parte de tentar convencê-lo a usar as cuspideiras, para conseguir provar uma quantidade considerável de vinhos. Mas aparentemente gostou e talvez repita.
Começando pelas partes boas do evento, devo dizer que gosto mesmo muito do Convento do Beato. Acho que se adequa perfeitamente a um evento deste género. O número de produtores era perfeitamente aceitável para a área, embora os corredores entre eles fossem um pouco estreitos, e tinham espaços bastante agradáveis para nos sentarmos a descansar um pouco.
Encontrámos caras conhecidas de algumas provas em que participámos, pessoal com sites sobre vinho (André Ribeirinho e Emídio Santos do Adegga e Andrea Smith do Catavino) e alguns produtores que já conhecemos bem e é sempre um prazer rever de novo.
Ainda pelo lado positivo, o ar cada vez mais informal dos profissionais do vinho, em especial dos produtores.
Como nem tudo é um mar de rosas, vamos às partes más.
Não podia deixar de começar pela música. Gostava de perceber qual foi a alma que teve a ideia de colocar música com um volume daqueles. Parecia que estávamos numa discoteca! Por vezes tinhamos que falar quase aos berros para nos ouvirmos uns aos outros. Incompreensível!
A nível de expositores tive duas grandes desilusões. A ausência de alguns dos principais produtores do Douro e o enorme decréscimo na presença de Vinhos do Porto. O ano passado provámos um número considerável de Vinhos do Porto, até mesmo vintages, e este ano estava difícil de os encontrar.
No entanto, esta ausencia de nomes mais sonantes até acaba por ser boa para os menos conhecidos. Mais uma vez conhecemos neste evento produtores muito interessantes que desconhecíamos.
No mesmo espaço do evento ocorreu o Lisboa Gourmet, com expositores gourmet, uma zona denominada de Restaurante Show, onde estavam representados alguns restaurantes famosos de Lisboa, e sessões de cozinha ao vivo.
No próximo fim-de-semana estaremos no Dão Vinhos & Gourmet.
No domingo, como de costume, presenciei uma tarde muito preenchida, onde era difícil conseguir falar com os produtores, tal o número de pessoas no espaço. Ainda assim, os sofás (que provavelmente lá foram colocados para ocupar espaço livre) cumprem o objectivo, permitindo conversas mais calmas sem o bulício entre os corredores.
Foi interessante perceber que, quando os grandes produtores não participam, os mais pequenos (o que não é, de forma alguma, sinónimo de menor qualidade...) marcam presença, com algumas surpresas agradáveis que demonstram que a vitalidade também está nos mais pequenos! A área circundante está bastante razoável, com a indústria associada (e patrocinadores) a apresentarem stands no contexto e sempre interessantes.
Um voto de confiança na organização que consegue manter as entradas a preços aceitáveis, cumprindo (a meu ver) o objectivo de levar o vinho ao público em geral, e não apenas à indústria e aos especialistas.