Nome: Xisto
Tipo: Tinto
Colheita: 2005
Região: Douro
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz
Graduação: 14%
Produtor: Roquette & Cazes
Preço: 20 - 30€
O Xisto é "filho" de uma colaboração entre Jorge Roquette da Quinta do Crasto e Jean-Michel Cazes do Château Lynch-Bages.
A Quinta do Crasto acho que dispensa apresentações e, tendo em conta que as uvas vêm de lá, à partida este vinho já teria de ser bom. Quanto ao Château Lynch-Bages, confesso, apenas sei que são de Bordéus. Podia ir agora pesquisar qualquer coisa sobre eles e meter aqui, para pensarem que sou um gajo culto do vinho, e tal, mas não me apeteceu. Senão ainda não era hoje que publicava isto.
Ainda me lembro como se fosse hoje da primeira vez que provei este vinho. Ainda tinha a madeira demasiado evidente, mas tinha um aroma tão perfumado, que não conseguia tirar o nariz dentro do copo.
Agora, depois de passar mais um tempo em garrafa, ainda está melhor. A madeira já não quer mandar, está integrada com o resto. Muitos frutos vermelhos inicialmente e um toque balsâmico, a fazer lembrar pinheiro. Com o tempo ainda tem mais para dar... especiarias e flores. Vale a pena metê-lo a arejar um bom bocado antes que ele recompensa-nos.
Depois de falar tanto no nariz, pode parecer que só cheirei e não bebi nada, mas não. Ao entrar pela boca dentro confirmou o que se esperava com tanta cheiradeira. Fruta e madeira muito bem casadas, poderoso mas ao mesmo tempo com grande finesse. Prolonga-se na boca durante bastante tempo e, quando finalmente se vai embora, apetece mais. O melhor barómetro para isto é referir que quando abrimos um vinho em casa normalmente sobra meia garrafa e, com este, nem uma gotinha ficou por aproveitar.
Ainda nos sobrou uma garrafa (e acho que o Ricardo também ainda tem disto em casa) mas, tendo em conta que ainda mostra potencial para crescer mais uns anos, ainda sou gajo para comprar mais umas.
Nuno: 18
Ema: 18