Foi em Lisboa, na loja da Carnalentejana, ao final da tarde de 20 de Abril deste ano. Já passou muito tempo mas não queríamos deixar de partilhar. Foi um fim de tarde bem passado.
Fui buscar o Henrique à creche, apanhei o meu macho no trabalho e seguimos para o evento. O céu estava carregado de nuvens e a qualquer momento descarregava em cima de nós. Não nos deixámos influenciar, ansiávamos por uma quebra na monotonia do dia-a-dia e esperavam-nos amigos do Adegga e Torre do Frade para por a conversa em dia.
O Torre do Frade Viognier 2009 foi um sucesso e estávamos curiosos com o 2010. Quando provei, achei que era muito agradável e fresco mas do vinho falará o Nuno Monteiro. Não bebi com a atenção merecida, porque estava mais atenta ao diabrete Henrique, e bebi pouco por estar a amamentar.
Para acompanhar a degustação foram servidas algumas criações do Chef Augusto Gemelli, maioritariamente de bovino da marca Carnalentejana. Uma delícia!
Nota de prova:
Cor citrina entre o amarelo e o esverdeado.
Aroma intenso onde o maior destaque é da fruta, em especial os citrinos e alperce. A madeira marcava também presença no nariz com aromas abaunilhados.
Na boca também essa sensação abaunilhada da madeira estava presente. Segundo a conversa com o produtor é intencional, com vista à durabilidade do vinho. No entanto há que dizer que aqui há muito para além da madeira. O vinho tem corpo, uma belíssima acidez cítrica e uma pujança que parece que deixa a boca a palpitar no final. Nunca me lembraria de fazer um lançamento de um branco com carnes (e acho que com um peixe no forno ainda combinava melhor), mas o vinho não se intimidou e teve “cabedal” para se aguentar com as carnes vermelhas sem ser abafado por estas.
Espero prová-lo daqui a uns tempos depois de a madeira ter amansado mais.