Nome: Altas Quintas 600
Tipo: Tinto
Colheita: 2008
Região: Alentejo
Castas: Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet
Graduação: 13.5%
Produtor: Altas Quintas
Preço: <€5
Este 600, nome de baptismo relativo à altitude das vinhas que lhe dão origem, é o vinho de entrada de gama do produtor Altas Quintas. O seu berço é a Serra de São Mamede, de onde sai boa parte dos vinhos alentejanos que mais gosto.
Com tanta estrangeirização nas vinhas nacionais, dá sempre algum ânimo ver um vinho com 3 castas portuguesas (Alicante Bouschet não é bem portuguesa, mas quase).
Depois de um incidente com o gargalo, com algum trabalho lá caiu no copo mostrando uma cor rubi com intensidade média/alta.
No aroma sobressai a fruta silveste madura e alguns aromas a vegetação. Parece que quase se consegue cheirar aquela zona do Alto Alentejo, que até na própria paisagem tem algumas características em comum com as Beiras. Nota-se que leva madeira mas está remetida para segundo plano, não assumindo protagonismos, o que nem sempre acontece com o enólogo que "assina" o contra-rótulo (Paulo Laureano), o que faz gerar amores e ódios.
Na boca também lá está a parte frutada, o vegetal, as especiarias e uma madeira apenas a temperar, tudo a passar pela boca sempre com muita frescura e pezinhos de veludo e a terminar num final médio mas agradável.
Estou convencido que este consegue a proeza de agradar aos pro e anti Laureanos desta vida.
Nuno: 15