Nome: Dona Fátima Jampal
Tipo: Branco
Colheita: 2010
Região: Lisboa
Castas: Jampal
Graduação: 13%
Produtor: Biomanz
Preço: €10-20
Devemos ter passado pelo menos uma dezena de vezes em Cheleiros, perto de Mafra, a caminho de casa de uns amigos que moram numa aldeia lá quase ao lado.
Sempre achámos muita piada à aldeia, por se situar mesmo lá ao fundo, com o ribeiro e uma ponte romana. Mal sabíamos nós que daquela aldeia saía vinho.
Este vinho chegou cá a casa pela mão do Ricardo, que comprou pela curiosidade e não nos deixou ver o que era antes de provar. Uma prova cega em que os anfitriões é que não sabiam qual era o vinho, onde é que isto já se viu?
Pela cor amarelada dava a sensação ter madeira.
No nariz isso veio-se a confirmar, com algum tostado mas não impositivo, a juntar aos frutos tropicais que davam alguma exuberância.
Na boca é um vinho com uma boa estrutura, untoso, fresco, com final seco e que fica ali na boca durante bastante tempo. Podia só ser um pouco mais comprido. Muito gastronómico. Não me perguntem o que comemos para o acompanhar porque eu e a Ema tivemos um ataque de Alzheimer simultâneo...
Só me lembro que nos fartámos de mandar postas de pescada mas, obviamente, não adivinhámos a casta, Jampal. Jam quê? Pois, nenhum de nós conhecia, o que até é normal porque não existe mais nenhum vinho feito exclusivamente com ela.
Acho exagerado aparecer na lista dos 50 melhores vinhos portugueses da Julia Harding, mas é um vinho interessante que qualquer enófilo que se preze devia experimentar pelo menos uma vez. O Ricardo não concorda comigo e não ficou com vontade de voltar a beber.
Nuno: 16.5
Ema: 16
Ricardo: 15.5