Já houve quem escrevesse tarde sobre o Adegga Wine Market, mas ainda conseguem haver uns gajos piores. É que um certo mamífero tinha ficado de escrever umas linhas sobre o assunto, mas tem a mania que é muito ocupado. Tudo porque passa a vida a fazer a A1 para cima e para baixo, só para ter desculpa para parar no caminho a comer sandes de leitão.
A visão dele seria mais a de um cliente normal. Foi à Sala Premium, acompanhou o Wine Walk 2.0 do Carlos Janeiro e passeou um pouco pelos stands em hora de ponta.
Mas, para não deixar isto passar para 2013, resta-me dar a minha visão “do outro lado” do evento, que este ano foi ainda mais reduzida do que nos outros anos. Devido à ausência forçada do Ricardo Bernardo, que tão brilhantemente costuma dinamizar a página do Facebook do Adegga com fotos nestes dias, coube-me a mim essa tarefa, com a Ema e o Jorge Nunes como fotógrafos de serviço. Como estavam os dois com o dedo pesado, apareceram-me lá com largas centenas de fotos, o que me deixou a tarde quase toda de olhos em bico para escolhê-las e muito pouco tempo para vaguear pelo evento.
No entanto, sempre que podia, ia fazendo umas pausas para ver como paravam as modas. Sobre os vinhos não posso falar muito, porque só provei 2 ou 3, o que mesmo assim chegou para me obrigar a ir no fim gastar dinheiro à loja.
As fotos (e o vídeo oficial) fazem mais do que o meu bla bla pela descrição do ambiente, mas tenho sempre a sensação que o Adegga Wine Market é o evento mais cosmopolita e urbano do nosso rectângulo. Este local, com aquelas vidraças a dar para o Marquês de Pombal ajudam a completar esta visão da coisa. Mas tudo o resto completa o quadro, como o tipo de pessoas que claramente não é habitual frequentadora de eventos vínicos e se encontram ali, os momentos de maior enchente que não geram “atropelamentos”, os produtores do lado de cá das mesas e que não fazem trombas nem ignoram alguns em detrimento de outros, a música de fundo, etc... Tem havido uma grande evolução das coisas desde a primeira edição.
Roubo descaradamente esta frase do blog do Jorge Nunes, que descreve na perfeição o que penso: “Deixou de ser uma promessa para passar a ser uma referência e este será definitivamente o evento onde todos irão querer estar e aquele onde todos os focos irão recair no próximo ano”. Está tudo dito!
Mesmo em altura de crise, as vendas aumentaram bastante e a Sala Premium esgotou. É obra!
O sucesso não é surpresa para nós. Desde o primeiro momento acreditámos no projecto e, principalmente, nas pessoas e foi com muito gosto que ajudámos desde o início e continuaremos a ajudar no que nos for possível.
Para o ano há mais, não só cá a 29 de Junho e 7 de Dezembro, como também lá fora: Bélgica e Suiça. Cheira-me que os locais foram escolhidos a pensar nos chocolates para acompanhar o Vinho do Porto, mas a organização não confirma nem desmente.
Apenas uma nota final para informar que o Summer Wine Market coincide com o meu dia de aniversário. Vou deixar a minha wishlist na loja, para vos poupar ao aborrecimento de escolher.