Nome: Domingos Soares Franco Colecção Privada
Tipo: Rosé
Colheita: 2011
Região: Península de Setúbal
Castas: Moscatel Roxo
Graduação: 12%
Produtor: José Maria da Fonseca
Preço: €5-10
Desde a primeira edição deste rosé que se dizem maravilhas dele. Para muitos, o melhor rosé nacional. Ano após ano, todos os relatos apontavam para o mesmo. Era, portanto, um vinho obrigatório.
No entanto, sem saber muito bem porquê, nunca o tinha provado. Não sei se é como aqueles vídeos do Youtube de que toda gente fala e depois não apetece ir ver, ou se era o subconsciente amuado por usarem moscatel roxo num rosé em vez de usar num destes.
Foi finalmente este Verão que acabou o jejum. Num supermercado aqui ao pé de casa, estava numa de comprar rosés e, ao ver este 2011 na prateleira (já anda o 2012 no mercado mas ainda não estava por lá), trouxe uma garrafa que não chegou a aquecer o lugar.
No copo começa-se por destacar a cor salmonada, que o fez logo na prateleira distinguir da maioria dos outros mais rosadinhos que o acompanhavam. Tem um ar mais másculo, portanto.
No nariz mostra citrinos e o esperado floral, mas tudo seco e contido. Nada de enjoos como me costuma acontecer com muitos dos brancos aqui da zona feitos com a irmã branca.
Mas foi na boca que me surpreendeu mais. É um daqueles vinhos que costumo intilular como sérios. Seco, boa acidez, entra elegante, com pézinhos de lã, e depois prolonga-se pela boca dentro e vai ficando, ficando. Não contava com tanta persistência.
Já não me lembro o que comi para acompanhar, mas fiquei com o registo que é multifacetado. Tanto vai, por exemplo, com um prato de massa, como a solo. Olha, com esta noite magnífica, se tivesse mais tinha ido ali para a varanda escrever isto enquanto o bebia.
Nuno: 16.5