No rescaldo do fim-de-semana, em que estes senhores do #daowinelover nos proporcionaram mais uma grande jornada vínica, a "Master Class@Quinta de Cabriz", venho aqui recuperar outro evento organizado por eles: o TN (Touriga Nacional) Day.
Primeiro, porque já foi há mais tempo e só agora cheguei a ele na lista de eventos por escrever.
Segundo, porque esta semana já começaram a chover posts nos outros blogs sobre o evento deste fim-de-semana e é fixe ser do contra.
Depois do #daowinelover meeting na Casa da Passarela, onde tudo começou, nenhum de nós tinha voltado a ir a um evento organizado pela dupla Rui e Miguel. Conseguiam sempre acertar nas datas em que eu não podia. Tendo em conta que o Rui costumava falar sempre comigo quando estava a decidir as datas e escolheu sempre quando eu não podia, deve querer dizer alguma coisa...
Mas desta vez lixou-se e, apesar de uma gastroenterite dupla cá em casa na semana anterior, conseguimos á última recuperar para ir a este.
Desta vez o palco foi um cromo repetido, o Claro!, onde já tinha sido organizado um White Day. A estrela da tarde/noite foi a Touriga Nacional, casta originária desta mesma região (o Dão), e cujas características têm granjeado os maiores elogios cá dentro e lá fora. Foram tantos os elogios que se assistiu a uma touriga-nacionalização do país, tendo começado também por isso a despertar alguns ódios de estimação. E terá sido precisamente essa geração de ódios que levou os organizadores, em jeito de provocação, a escolhê-la como tema para este evento.
No meu caso não sou de 8 nem de 80, sou para aí 44. Como já tinha dito aqui, acho que é uma belíssima casta que em lote dá origem a grandes vinhos (basta pensar no Vinho do Porto). A solo, em novo, não me fascina particularmente. Muito facilmente se tornam enjoativos para o meu gosto, especialmente nos aromas. Ainda assim, os melhores exemplares (para mim) são geralmente do Dão.
12 produtores fizeram desfilar os seus Tourigas Nacionais. A saber: Caminhos Cruzados, Casa da Passarella, Casa de Mouraz, Dão Sul, Fonte de Gonçalvinho, Júlia Kemper, Magnum Vinhos, Quinta das Marias, Quinta de Lemos, Quinta do Escudial, Quinta dos Carvalhais, Quinta dos Roques. Na verdade, 11 e meio, pois a Casa de Mouraz não tem nenhum extreme da casta, pelo que levou vinhos em que era essa a casta maioritária, mas em conjunto com outras.
Se calhar sou eu que sou teimoso do caraças, mas continuei com a mesma ideia que já tinha. Apesar de haver estilos para todos os gostos (mais doces, mais secos, mais encorpados, mais elegantes...), só atingi o clímax com o Quinta dos Carvalhais 1998 e cheguei lá perto com o Quinta dos Roques 2002 (que segundo o produtor foi um péssimo ano). Outros vinhos muito bons por lá passaram, atenção. Alguns com potencial para virem a ser ainda melhores do que os que referi acima, mas por isso mesmo prefiro bebê-los daqui a meia (ou mesmo uma) dúzia de anos.
Nem imaginam o bem que me soube beber um Elfa (com todos os seus defeitos ou feitios, mas sem TN) depois da prova.