Começa hoje mais uma edição do
Peixe em Lisboa, para muitos o melhor evento gastronómico do país.
Pode parecer estranho mas, apesar do gosto pela gastronomia e vinho, não temos lá ido. Teria muito a escrever sobre isso. Desde algumas coisas que fizeram perder a vontade, a tentativas que saíram furadas à última hora, houve um pouco de tudo. Mas como podem ver pelo título, não foi isso que me levou a escrever estas linhas.
Integrado no programa do Peixe em Lisboa há um (chamemos-lhe assim) evento paralelo chamado
Sangue na Guelra. Devido a esta minha "relação" com o Peixe em Lisboa, a primeira edição (do ano passado) do Sangue na Guelra passou-me completamente despercebida. Por isso, quando vi no mail um convite para a apresentação do evento não fazia ideia do que se tratava. Ainda por cima li o mail numa semana caótica, a apresentação calhava num dia de semana, a uma hora que não dava jeito nenhum e já sabia de antemão que na madrugada anterior tinha que trabalhar às 2 da manhã (quis a ironia do destino, que estivesse a escrever este post até às 2h pelos mesmos motivos). Tudo ingredientes para declinar o convite.
No entanto, não sei foi pelo nome, pelo logotipo com a espinha do peixe, ou pelos breves segundos que tive para abrir o site deles e ver aquela grande imagem que lá está em destaque, senti-me impelido a aceitar.
E então o que é afinal o Sangue na Guelra?
É um evento criado pela especialista de comunicação Ana Músico e pelo fotógrafo de comida Paulo Barata, que pretende dar a conhecer chefs e sub-chefes menos conhecidos e com... sangue na guelra! Sobretudo malta nova, que trabalha em cozinhas dos grandes restaurantes não só de Portugal como do Mundo, mas que acabam por estar ofuscados pelo brilho dos chefs mais mediáticos.
Para verem o calibre dos chefs presentes, e sem desprimor para com os outros, marcarão presença na edição de 2014 alguns sub-chefs dos restaurantes
El Celler de Can Roca,
Noma e
Osteria Francescana, nada mais nada menos que os 3 restaurantes do topo da famosa lista
The World's Best 50 Restaurants. A ideia não é trazerem as criações dos restaurantes onde trabalham, mas sim fazerem as suas próprias criações. Além disso, é mais que sabido que os chefes muito mediáticos passam mais tempo fora do que dentro dos restaurantes. E quem é que está lá para segurar as cordas e meter tudo a andar? Pois... esta rapaziada.
Este ano o evento divide-se em 3 partes:
- Um
simpósio, dia 5, no Auditório do Peixe em Lisboa seguido de um showcooking dedicado ao polvo;
- Os
jantares origens, nos dias 4 e 10, no
Kiss the Cook e na Mercearia 1143 respectivamente. Estes jantares mais pequenos, para 20 pessoas apenas.
os tugas estavam de pestana aberta e reservaram tudo com tempo.