Magna Casta - Azeitão
http://www.magnacasta.com/taxonomy/term/385
ptProva Moscatéis José Maria da Fonseca
http://www.magnacasta.com/eventos/prova-moscateis-jose-maria-da-fonseca
<div class="field field-name-body field-type-text-with-summary field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><p><a href="http://www.flickr.com/photos/magnacasta/sets/72157626737288632" title="Prova Moscatéis José Maria da Fonseca by magnacasta, on Flickr" target="_blank"><img src="http://farm3.static.flickr.com/2007/5727562321_50a3accc3f_m.jpg" width="240" height="160" alt="Prova Moscatéis José Maria da Fonseca" align="left" /></a></p>
<p>Para o Nuno não meter nojo a dizer que as provas são sempre no Norte, desta vez fui a uma prova relativamente perto da casa do Nuno - e ele, como está farto de provas, fugiu para o Norte.<br /> Depois de passar por Lisboa, foi uma questão de fazer uns 50Km até Azeitão e encontrar-me alguns dos suspeitos do costume na Casa-Museu da José Maria da Fonseca para uma grande prova de Moscatéis. Foi muito interessante estar numa casa com perto de dois séculos (a JMF foi fundada em 1834), dona da marca Periquita (com cerca de 160 anos) e cujas sexta e sétima gerações estão aos comandos do seu destino.</p>
<!--break--><p> Guardam orgulhosamente a primeira medalha conquistada, em Paris (1855) que lhes abriu as portas da exportação para todo o mundo, e têm um importante espólio de Moscatéis divididos em duas partes: antes e depois de 1910 (os mais antigos são de cerca de 1860), demonstrando que a empresa sobreviveu a dois sistemas políticos. A José Maria da Fonseca produz cerca de 15 milhões de litros de vinho por ano, com 4 linhas de engarrafamento que podem ir até às 30,000 garrafas por hora, e tem cerca de 750ha de vinha espalhadas por 5 regiões (ainda que a produção de algumas esteja reservada exclusivamente ao mercado estrangeiro).<br />
A visita do Museu permitiu-nos conhecer mais um pouco da história desta Casa, como por exemplo a forma como é feito o Torna Viagem, um vinho que tem a particularidade de viajar pelo Mar (como aconteceu no passado, quando o vinho que voltava do Brasil apresentava características interessantes, ao contrário do que se esperava) no Navio-Escola Sagres.<br />
Esta casa tem essencialmente 10 castas para os seus vinhos (que não se resumem aos Moscatéis): Fernão Pires, Arinto e Antão Vaz (utilizadas no BSE, por exemplo); Castelão, Trincadeira e Aragonês (Periquita), Touriga Nacional e Touriga Franca (que com o Castelão fazem o Periquita Reserva) e o Moscatel Alexandrino. É na Adega dos Teares Velhos que está meio milhão de litros de Moscatéis a envelhecer, alguns dos quais com mais de 100 anos, e com muita pena minha não me deixaram lá ficar uns minutos sozinho.....<br />
Depois de passear pelos lindos jardins, fomos para uma sala de provas com uma ementa impressionante, iniciada com três Bastardinhos e continuando com os Moscatéis:</p>
<p>
<strong>Bastardinho 2010</strong> <br />
castanho claro, com muita fruta fresca, polpa doce, e adstrigência vincada; doçura excessiva que se torna enjoativa.<br />
Ricardo: -
</p>
<p>
<strong>Bastardinho 2009</strong><br />
Violeta, bastante mais equilibrado e evoluído, a aguardente está mais bem casada, com uma secura interessante.<br />
Ricardo: -
</p>
<p>
<strong>Bastardinho 30 Anos</strong><br />
Castanho dourado, com aromas de frutos secos (avelãs, nozes, amêndoas, mel) com maior persistência e um corpo mais consistente.<br />
Ricardo: 15.5
</p>
<p>
<strong>DSF (Armagnac) Colecção Privada 1999</strong><br />
Aromas de laranja, chocolate, verniz e um pouco de tosta que parecem explodir no copo, resultando num excelente bouquet e grande elegância. Foi o preferido (em comparação com o seguinte) de alguns comparsas de prova); o chocolate é resultado do Armagnac, bastante aromático.<br />
Ricardo: 17
</p>
<p>
<strong>DSF (Cognac) Colecção Privada 1999</strong><br />
Engarrafado pela primeira vez em 2011 (sairá para o mercado brevemente) com um perfil muito mineral, muito menos frutado e mais duro, com toques de amêndoa amarga.<br />
Ricardo: 16.5
</p>
<p>
<strong>Moscatel de Setúbal 2006</strong><br />
Apresentou-se bastante turvo (elevada extracção de taninos pelo contacto prolongado com as películas), estabilizando pouco depois com a temperatura. Feito com aguardente neutra, tem aromas de flor de laranjeira, pêssego, laranja, fruta cristalizada e passas.<br />
Ricardo: 14.5
</p>
<p>
<strong>Alambre 20 anos</strong><br />
Um moscatel de lote, um pouco mais escuro. Aromas a couro, melaço, passa, ameixas, nozes. Excelente acidez e frescura, macio e complexo. Claramente a melhor relação qualidade/preço.<br />
Ricardo: 16.5
</p>
<p>
<strong>Moscatel Roxo 20 Anos</strong><br />
Bastante floral (rosas), muito mais doce (até no nariz se sente a doçura), mel e frutos secos. Bastante equilibrado.<br />
Ricardo: 16.5
</p>
<p>
<strong>Moscatel de Setúbal 1973</strong><br />
Aromas de iodo, vinagrinho, amêndoas e nozes, torrado. Muito mais denso em tudo (aroma, cor, bom equilíbrio entre doçura e frescura), e muito untuoso.<br />
Ricardo: 17
</p>
<p>
<strong>Moscatel de Setúbal 1967</strong><br />
Amêndoas, nozes, laranja cristalizada e torrado. Apesar da idade, excelente acidez e persistência.<br />
Ricardo: 18
</p>
<p>
<strong>Moscatel de Setúbal 1952</strong><br />
Castanho esverdeado, com aromas semelhantes ao 1967 mas a boca não acompanha. Muito boa frescura, e untuosidade.<br />
Ricardo: 17
</p>
<p>
<strong>Moscatel de Setúbal 1939</strong><br />
Este moscatel está num campeonato diferente dos anteriores, combinando as vantagens de todos os três anteriores com alguns toques de iodo, cogumelos, frescura e elegância ímpares. Os adjectivos acabaram antes da persistência....<br />
Ricardo: 19
</p>
<p> Pela organização da prova (o alinhamento e a ordem da prova), ficamos conhecedores do mundo dos Moscatéis, com um nível de atenção ao detalhe e qualidade difíceis de igualar. Pena que os quatro últimos não estão à venda....<br /><br />
Depois da prova, fomos de carro até às instalações da JMF para um almoço de luxo: Sopa de Ervilhas à Soares Franco; Bacalhau Dourado e Torta de Azeitão acompanhados com o Moscatel Roxo Rosé (floral intenso a rosas); o Pasmados Branco (combinou às mil maravilhas com o Bacalhau) e o Periquita Superior. Houve quem ainda fosse buscar o excelente Alambre 20 anos para acabar em beleza. </p>
<p><object width="700" height="525"> <param name="flashvars" value="offsite=true&lang=en-us&page_show_url=%2Fphotos%2Fmagnacasta%2Fsets%2F72157626737288632%2Fshow%2F&page_show_back_url=%2Fphotos%2Fmagnacasta%2Fsets%2F72157626737288632%2F&set_id=72157626737288632&jump_to=" /><param name="movie" value="http://www.flickr.com/apps/slideshow/show.swf?v=71649" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed type="application/x-shockwave-flash" src="http://www.flickr.com/apps/slideshow/show.swf?v=71649" allowfullscreen="true" flashvars="offsite=true&lang=en-us&page_show_url=%2Fphotos%2Fmagnacasta%2Fsets%2F72157626737288632%2Fshow%2F&page_show_back_url=%2Fphotos%2Fmagnacasta%2Fsets%2F72157626737288632%2F&set_id=72157626737288632&jump_to=" width="700" height="525"></embed></object></p>
</div></div></div><div class="field field-name-taxonomy-vocabulary-1 field-type-taxonomy-term-reference field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/477">Evento</a></div></div></div><div class="field field-name-taxonomy-vocabulary-2 field-type-taxonomy-term-reference field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/179">Setúbal</a></div><div class="field-item odd"><a href="/taxonomy/term/345">José Maria da Fonseca</a></div><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/385">Azeitão</a></div><div class="field-item odd"><a href="/taxonomy/term/627">Moscatel</a></div></div></div>Tue, 17 May 2011 16:59:09 +0000Ricardo Oliveira292 at http://www.magnacasta.comhttp://www.magnacasta.com/eventos/prova-moscateis-jose-maria-da-fonseca#commentsBacalhôa
http://www.magnacasta.com/enoturismo/bacalhoa
<div class="field field-name-body field-type-text-with-summary field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><p>
<a href="http://www.flickr.com/photos/magnacasta/3433050890/" title="Quinta da Bacalhôa by magnacasta, on Flickr" target="_blank"><img src="http://farm4.static.flickr.com/3601/3433050890_b00ca3a7d8_m.jpg" width="240" height="160" alt="Quinta da Bacalhôa" align="left" /></a>Moramos a poucos Kms de Azeitão, onde vamos regularmente comer umas tortinhas, comprar queijo e repor o stock de Moscatel de Setúbal.<br />
Uma das adegas onde vamos frequentemente é a da Bacalhôa Vinhos de Portugal. Contudo, foi difícil conseguirmos fazer um visita que incluisse o Palácio e Quinta da Bacalhôa. É que, até há bem pouco tempo, as coisas eram completamente separadas e nem sequer era possível às pessoas que trabalhavam na adega marcar as visitas para a Quinta. </p>
<!--break--><p>Ligámos uma boa dezena de vezes e, entre não apanhar a pessoa responsável disponível e o fecho para obras de remodelação, passaram anos.<br />
Finalmente agora as coisas agora estão a funcionar de uma forma integrada e lá fizemos a tão aguardada visita. Valeu a pena!<br />
A visita começou no edifício principal da sede da empresa na Quinta da Bassaqueira.<br />
O edifício, em forma de hexágono envidraçado, está dividido em várias zonas, adega, escritório, salas de estágio, etc.<br />
Conforme fomos passando pelas várias zonas tivemos oportunidade de apreciar, entre muitas outras coisas, barricas e garrafas em estágio, muitas peças de arte e azulejos.<br />
Não deixa de ser interessante ver como a tradição e a arte conjugam na perfeição com a inovação e modernidade.<br />
Explicaram-nos que toda a vinificação das propriedades da empresa, localizadas na Península de Setúbal, é feita aqui por casta. Sendo possível engarrafar 6.000 garrafas por hora, todo o engarrafamento está centralizado nesta adega, bem como o armazenamento de produtos acabados.<br />
Passámos para o exterior onde encontrámos alguns edifícios com variados fins. Os mais emblemáticos são sem dúvida os que albergam as barricas dos moscatéis mais antigos e do famoso moscatel roxo, que tem no exterior uma colecção de azulejos com a história do vinho. Lá dentro, as barricas ficam sujeitas a uma grande variação de temperatura, atingindo muitas vezes valores superiores a 45 graus centígrados, o que ajuda a acelerar o processo de envelhecimento.<br />
Logo ao lado podemos observar a vinha plantada com as castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah. No centro da vinha encontra-se um lago, rodeado de árvores, onde existem algumas espécies de peixes e patos.<br />
Além de tudo isto, vale a pena passear pelos belos jardins com diversas espécies botânicas e peças de arte.<br />
A visita termina na loja do vinho, com uma prova de vinho onde se inclui, obviamente, um Moscatel de Setúbal. A loja é muito agradável, com uma esplanada para os jardins. Mesmo sem fazer qualquer visita, é possível provar ou comprar os vinhos da empresa, bem como produtos regionais como queijos ou Ss de Azeitão.<br />
De seguida, fomos para o Palácio e Quinta da Bacalhôa localizada a poucos km de distância.<br />
Deslumbrante, o Palácio é de estilo renascentista, casado com arquitectura italiana, islâmica e portuguesa, e alberga parte da colecção pessoal de Joe Berardo. Foram necessários uns largos minutos para visitarmos devidamente todo o interior.<br />
Quando finalmente chegámos ao exterior, encontrámos um belo jardim francês que vai dar à engraçada casa do lago, de onde se pode observar Lisboa. Toda a propriedade está repleta de peças de arte tal como acontece na outra quinta.<br />
Existem relatos históricos muito antigos da vinha que contorna a quinta. A mais recente fase de produção é de 1974 , altura de plantação das castas Cabernet Sauvignon e Merlot.<br />
O primeiro Quinta da Bacalhôa é de 1979 e, desde aí, todos os anos é lançada nova colheita.<br />
No ano 2000 foi lançada uma nova marca da quinta, Palácio da Bacalhôa, que só sai nos anos de melhor colheita.<br />
O enoturismo agora é levado a sério, e toda a visita é feita com grande simpatia e profissionalismo.<br />
Foi uma visita fabulosa! Se tiverem oportunidade de a fazer, não pensem duas vezes.
</p>
<p>
<strong>Morada:</strong> Bacalhôa Vinhos de Portugal<br />
Estrada Nacional 10<br />
Vila Nogueira de Azeitão<br />
2925-901 Azeitão<br /><strong>GPS:</strong> <a href="http://goo.gl/Twz8G" target="_blank">38.525532,-8.992025</a> (Quinta da Bacalhôa) e <a href="http://goo.gl/SLbBx" target="_blank">38.523945,-9.016042</a> (Quinta da Bassaqueira - Adega)<br /><strong>Telefone:</strong> (+351) 212198060<br /><strong>Fax:</strong> (+351) 212198066<br /><strong>Web:</strong> <a href="http://bacalhoa.com" target="_blank">http://bacalhoa.com</a><br /><strong>Email:</strong> <a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a><br /><strong>Facebook:</strong> <a href="https://www.facebook.com/pages/Bacalh%C3%B4a-Vinhos-de-Portugal-SA/146038308789481" target="_blank">https://www.facebook.com/pages/Bacalh%C3%B4a-Vinhos-de-Portugal-SA/146038308789481</a><br /><strong>Visitas:</strong> Com marcação prévia.<br /><strong>Loja:</strong> Com marcação. Segunda a Sábado das 9h às 18h. Encerra aos Domingos e feriados.
</p>
<p><object width="700" height="525"> <param name="flashvars" value="&offsite=true&lang=en-us&page_show_url=%2Fphotos%2Fmagnacasta%2Fsets%2F72157616640516790%2Fshow%2F&page_show_back_url=%2Fphotos%2Fmagnacasta%2Fsets%2F72157616640516790%2F&set_id=72157616640516790&jump_to=" /><param name="movie" value="http://www.flickr.com/apps/slideshow/show.swf?v=70717" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed type="application/x-shockwave-flash" src="http://www.flickr.com/apps/slideshow/show.swf?v=70717" allowfullscreen="true" flashvars="&offsite=true&lang=en-us&page_show_url=%2Fphotos%2Fmagnacasta%2Fsets%2F72157616640516790%2Fshow%2F&page_show_back_url=%2Fphotos%2Fmagnacasta%2Fsets%2F72157616640516790%2F&set_id=72157616640516790&jump_to=" width="700" height="525"></embed></object></p>
</div></div></div><div class="field field-name-taxonomy-vocabulary-1 field-type-taxonomy-term-reference field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/4">Enoturismo</a></div></div></div><div class="field field-name-taxonomy-vocabulary-2 field-type-taxonomy-term-reference field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/59">Terras do Sado</a></div><div class="field-item odd"><a href="/taxonomy/term/60">Bacalhôa</a></div><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/134">Portugal</a></div><div class="field-item odd"><a href="/taxonomy/term/179">Setúbal</a></div><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/385">Azeitão</a></div><div class="field-item odd"><a href="/taxonomy/term/403">Quinta da Bacalhôa</a></div><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/404">Palácio da Bacalhôa</a></div><div class="field-item odd"><a href="/taxonomy/term/405">Quinta da Bassaqueira</a></div></div></div>Sun, 12 Apr 2009 02:48:54 +0000Ema Martins210 at http://www.magnacasta.comhttp://www.magnacasta.com/enoturismo/bacalhoa#comments