Magna Casta - Quinta Mendes Pereira
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ptQuinta Mendes Pereira
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<div class="field field-name-body field-type-text-with-summary field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><p><a href="https://www.flickr.com/photos/magnacasta/16993820038" target="_blank" title="Quinta Mendes Pereira by Magna Casta, on Flickr"><img alt="Quinta Mendes Pereira" src="https://c1.staticflickr.com/9/8711/16993820038_d795f65725_z.jpg" style="width: 700px; height: 525px;" /></a>"Chegou ao seu destino" diz-nos a voz o GPS. Pois, mas onde é que está a Quinta Mendes Pereira? Mais uma voltinha...<br />Está ali a entrada para uma quinta. Hmm, Quinta da Sobreira, não deve ser esta.<br />Esta terra é gira. Mas é pequena, já estamos no mesmo sítio outra vez! É melhor telefonar.<br />Ok, afinal é mesmo a Quinta da Sobreira! (Sim, devia ter olhado para a morada...)<br />E foi mais ou menos assim a nossa chegada à Quinta Mendes Pereira/da Sobreira em Oliveira do Conde.</p>
<p>Após estacionar, fomos recebidos pela Raquel Mendes Pereira que dá o nome e a alma a este projecto. Nascida no Brasil, deixou há uns anos a azáfama de São Paulo para vir para a pacatez de Oliveira do Conde, de onde o seu pai tinha saído aos 18 anos para fazer precisamente o percurso inverso.</p>
<p>Ainda mal tinha passado um minuto e já tinha dado para perceber que não estávamos numa visita enoturística normal. Aliás, a vertente de enoturismo nem é trabalhada. No entanto, como até em tempos o enólogo António Narciso hiperbolizava no Facebook da Quinta Mendes Pereira, têm um serviço de visitas guiadas quase de 24h por dia. Mas as coisas assim até foram muito mais personalizadas e agradáveis do que programas de visitas pré-definidos. A recepção foi a sala, onde as crianças brincavam e viam televisão no sofá. À mesa, como qualquer pessoa que tenha família nas Beiras sabe que é normal, havia queijo, broa e vinho. Neste caso, como estava calor, um branco (Encruzado, pois claro) e um rosé acompanharam a amena cavaqueira.</p>
<p>Seguiu-se uma pequena caminhada até à adega. A nossa visita foi em plena época de vindimas e os calcanhares denunciavam a pisa a pé. À volta da casa, as videiras ainda tinham muitas uvas, mas já não iam ser usadas nos vinhos da Quinta Mendes Pereira. A selecção das melhores uvas estava feita e aquelas seriam vendidas para fora. Para além das óbvias Touriga Nacional e Encruzado, também se podem ali encontrar as tintas Jaen, Rufete, Alfrocheiro e Aragonez e as brancas Bical, Cerceal e Malvasia-Fina. </p>
<p>Para além da vinha, a quinta ainda tem outros motivos de interesse, como uma fonte romana, um túmulo celta e muito arvoredo. Quando nos apercebemos estávamos a chegar à adega. Reconhecemos imediatamente o local. Foi para onde o GPS nos mandou inicialmente. Afinal a tecnologia às vezes até tem razão. Nesta altura, a "comitiva" de boas-vindas já tinha alargado, entre pessoal da casa e amigos que lá estavam a ajudar na vindima.</p>
<p>A adega espelha na perfeição os vinhos que de lá saem, tradicional mas com um toque de modernidade. É um edifício com mais de 100 anos, com as paredes em pedra. Logo à entrada, junto à janela por onde entram as uvas, está o lagar de granito onde estava o mosto que aromatizava toda a área envolvente. Um cheiro que traumatizava a Ema quando era nova e faziam as vindimas lá em casa, mas que agora lhe dá tanto prazer. Ainda a ajudar ao aspecto tradicional, foram mantidas as cubas de cerâmica que ainda são usadas. Mas agora, e é aqui que começa a entrar o toque de modernidade, têm agora o seu interior revestido com epoxi. Há também cubas de inox e barricas, que não deverão ser mais de 30. E o número nem deverá aumentar, porque a madeira nos vinhos não é uma coisa que apreciem particularmente.</p>
<p>Para terem uma ideia da simpatia que ali impera, no regresso à casa, em vez de se livrarem de nós, ainda nos convidaram para almoçar cabrito. Mas a essa hora já tínhamos outro produtor vizinho à nossa espera e acabámos por declinar.</p>
<p>Um local a visitar, com um ambiente bastante diferente do que se possa esperar encontrar no Dão. Algo fora do baralho. E nós gostamos disso. </p>
<p><strong>Morada:</strong> Quinta da Sobreira, Oliveira do Conde<br />3430-350 Carregal do Sal<br /><strong>GPS:</strong> <a href="http://goo.gl/rJL63p" target="_blank">40.439227,-7.972636</a><br /><strong>Telefone:</strong> (+351) 232 969 202<br /><strong>Telemóvel:</strong> (+351) 939 559 990<br /><strong>Web:</strong> <a href="http://qmp.com.pt" target="_blank">http://qmp.com.pt</a><br /><strong>Email:</strong> <a href="mailto:[email protected]" target="_blank" title="Mail">[email protected]</a><br /><strong>Facebook:</strong> <a href="https://www.facebook.com/QuintaMendesPereira" target="_blank">https://www.facebook.com/QuintaMendesPereira</a><br /><strong>Visitas:</strong> Convém marcar</p>
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</div></div></div><div class="field field-name-taxonomy-vocabulary-1 field-type-taxonomy-term-reference field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/4">Enoturismo</a></div></div></div><div class="field field-name-taxonomy-vocabulary-2 field-type-taxonomy-term-reference field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/805">Quinta Mendes Pereira</a></div><div class="field-item odd"><a href="/tags-livres/quinta-da-sobreira">Quinta da Sobreira</a></div><div class="field-item even"><a href="/tags-livres/raquel-mendes-pereira">Raquel Mendes Pereira</a></div><div class="field-item odd"><a href="/tags-livres/oliveira-do-conde">Oliveira do Conde</a></div><div class="field-item even"><a href="/tags-livres/carregal-do-sal">Carregal do Sal</a></div><div class="field-item odd"><a href="/taxonomy/term/17">Viseu</a></div><div class="field-item even"><a href="/taxonomy/term/25">Dão</a></div></div></div>Mon, 14 Apr 2014 12:22:45 +0000Nuno Monteiro438 at http://www.magnacasta.comhttp://www.magnacasta.com/enoturismo/quinta-mendes-pereira#commentsVinhos do Dão, segundo António Narciso
http://www.magnacasta.com/eventos/vinhos-do-dao-segundo-antonio-narciso
<div class="field field-name-body field-type-text-with-summary field-label-hidden"><div class="field-items"><div class="field-item even"><p>
<a href="http://www.flickr.com/photos/magnacasta/sets/72157631594465488" title="Os vinhos do Dão, por António Narciso by magnacasta, on Flickr"><img src="http://farm9.staticflickr.com/8039/8011736501_1a574fe739_m.jpg" width="240" height="160" alt="Os vinhos do Dão, por António Narciso" align="left" /></a><br />
Num belo sábado de manhã (esta é sempre uma boa forma de começar qualquer evento), no restaurante "O Pote Velho" - amigo do vinho - juntaram-se alguns convivas para uma mega-prova de vinhos do Dão. O cenário era simples: mais de trinta (30!) vinhos do Dão, com a mão e pela mão do enólogo António Narciso, de seis diferentes casas, de forma a perceber o perfil Dão e, por outro lado, as diferenças entre vinhos oriundos de vinhas a poucas dezenas/centenas de metros umas das outras. Ao longo da batalha, fomos picando sólidos de boa qualidade para manter os estômagos equilibrados (cumprimentos para o Pote Velho, onde fomos muito bem recebidos e tratados).</p>
<!--break--><p>Começamos pelos Brancos, alinhados pela casta Encruzado do Dão: Quinta da Fata 2011 (mineral, acidez que garante a evolução durante anos, alguns toques vegetais); Barão de Nelas Encruzado 2011 (cor muito clara, cítrico e tropical, fresco com toques fumados - muito fácil de beber); Casa Aranda 2010 (nariz vivo, perfil seco, bastante mineral e fresco, ainda muito novo - comprem e guardem, vale bem a pena); Quinta das Marias 2010 (nariz frutado, elegante, com menos corpo mas ainda novo, com persistência); Quinta Mendes Pereira 2010 (nariz mais complexo, mais intenso, tostado, floral e chá, frutas secas) e Quinta das Marias Barrica 2010 (nariz muito exuberante, fumado no nariz, tosta, enorme acidez e toques citrinos). Os meus preferidos foram o Quinta Mendes Pereira e o Quinta das Marias Barrica, ainda que a minha sugestão seja: comprem todos, provem e escolham - vale mesmo a pena! Para demonstrar que estes Brancos evoluem e melhoram com o tempo, tivemos o privilégio de provar um Casa Aranda 2006 com um nariz menos exuberante (pois claro!), com aromas florais (tílias), enorme frescura e longevidade - um sacrilégio, porque já não se encontra à venda. A prova que os Brancos do Dão melhoram - <i>muito</i> - com a idade.<br />
Passamos depois para os Rosés, com a Fonte de Gonçalvinho, Quinta das Marias e Quinta Mendes Pereira, todos de 2010. Destaco o Rosé da Quinta Mendes Pereira, mais polido e uma bela companhia para as (ainda) quentes tardes de verão, mas considero que o Fonte de Gonçalvinho é o Rosé de esplanada!<br />
Já bem sustentados por sólidos (eu já disse que o Pote Velho é um restaurante amigo da qualidade?), começamos a maior guerra: a prova dos tintos, passando novamente por todos os produtores. Para perceberem a dimensão da coisa, tentem ler todos os vinhos provados:</p>
<ul><li> Qta Mendes Pereira Escolha 2006
</li><li> Casa Aranda Colheita "blend" 2009
</li><li> Qta Fonte Gonçalvinho Colheita 2009
</li><li> Qta da Fata Clássico 2008
</li><li> Qta das Marias Lote 2010
</li><li> Casa Aranda Reserva 2007
</li><li> Qta da Fata Reserva 2009
</li><li> Barão de Nelas Reserva 2008
</li><li> Qta Mendes Pereira Touriga-Nacional & Tinta-Roriz 2007
</li><li> Barão de Nelas Touriga-Nacional & Tinta-Roriz 2007
</li><li> Casa Aranda Touriga-Nacional & Tinta-Roriz 2007;
</li><li> Qta das Marias Cuvve TT 2010
</li><li> Barão de Nelas Alfrocheiro 2007
</li><li> Qta das Marias Alfrocheiro 2010
</li><li> Qta Fonte de Gonçalvinho Tinta-Roriz 2010
</li><li> Barão de Nelas Touriga-Nacional 2007
</li><li> Qta da Fata Touriga-Nacional 2007
</li><li> Qta Mendes Pereira Touriga-Nacional 2005
</li><li> Qta das Marias Touriga-Nacional 2010
</li><li> Barão de Nelas Reserva 2004
</li><li> Qta Mendes Pereira Garrafeira 2004
</li><li> Qta Fonte Gonçalvinho Inconnu Reserva 2010
</li></ul><p> De todos os vinhos provados (acabamos perto das 8 da noite, já a ver mau futebol na TV), destaco claramente os seguintes: Casa Aranda Reserva 2007 (cor muito concentrada, fruta preta, especiarias, mentolado; grande estrutura com muito boa persistência); Quinta das Marias Cuvvee TT 2010 (excelente nariz floral, fruta vermelha e especiarias, bem encorpado e com taninos bem presentes, notas de fruta e tosta bem integradas; muito bom final e persistência); Quinta das Marias TN Reserva 2010 (nariz intenso floral, fruta madura e chocolate; encorpado com taninos bem presentes; paladar frutado e especiado com toques florais, persistência muito boa); Barão de Nelas Reserva 2004 (nariz intenso compotado, fruta vermelha madura, flores secas, muito boa frescura); Barão de Nelas TN (cor concentrada; nariz floral e compotado; boca compotada e com toques vegetais com final prolongado e persistente); Quinta Mendes Pereira TN 2005 (nariz elegante com notas florais, fruta preta, especiarias e aromas terciários - couro?, com um volume, complexidade e persistência muito acima da média); Quinta Mendes Pereira Escolha 2006 (nariz floral, fruta madura e especiarias subtis; acidez interessante com boca de fruta madura e vegetal com boa persistência); Quinta da Fata Touriga Nacional (cor muito carregada, enorme nariz com notas florais, especiarias, fruta vermelha madura e aromas do bosque; boca encorpada, frutada com toques de resina e especiarias; taninos presentes mas integrados, com muito boa persistência e profundidade); Fonte Gonçalvinho Inconnu Reserva 2010 (nariz floral, muito elegante e fresco, exuberante com muito boa persistência e profundidade - eu acho que há aqui um toque de Jaen...).</p>
<p> Tenho a certeza que não me lembrei de todos os pormenores, mas se há algo a preservar é o facto de o Dão ter excelentes vinhos que só melhoram com a idade. Lembre-se: se vir na prateleira vinhos do Dão com 5 ou 7 anos, COMPRE - estão na altura certa para se começar a beber (ai se eu apanho um Casa Aranda 2006....). Por outro lado, é incontornável a qualidade do trabalho do António Narciso - parabéns, e que continue por muitos e longos anos.</p>
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