Descobrimos a existência d'Os Goliardos por mero acaso quando, num fórum de discussão de vinhos, vi uma mensagem do utilizador Goliardo. Nem sequer é um participante muito activo (nem eu, diga-se), mas o nome despertou-me curiosidade. Fui ver o perfil e, de lá, fui parar ao blog deles.
Como me pareceu muito bem, tratei logo de mostrar à Ema e ao Ricardo e ficou logo decidido que tinhamos de lá ir. E assim foi.
Estacionar na zona não é propriamente fácil, mas acabou por não nos correr nada mal. Dois minutos a pé e lá estávamos nós à porta.
Assim que entrámos sentimo-nos logo à vontade, em especial pela forma simpática e descontraída como fomos recebidos. Era a primeira vez que ali estávamos e quase parecia que éramos da casa. Eu não tenho nenhuma costela de psicólogo, nem sei traçar o perfil das pessoas, mas menos de dois minutos depois tinha a certeza absoluta que estava perante um caso de alegria e prazer no trabalho.
Além disso, o próprio ambiente é acolhedor. Na primeira sala, salta logo à vista uma grande cepa de videira no meio de umas prateleiras com garrafas de vinho, que se encontram divididas de uma forma no mínimo original. Além da mais vulgar divisão por zonas, também se encontram secções como “bom e barato” ou “no meio está a virtude”. Ainda nessa sala, há um balcão onde está um quadro com a selecção de vinhos a copo. Não são muitos, mas estão sempre a mudar. Mas já lá vamos.
Um corredor leva-nos a uma sala mais pequena (não é que a primeira seja muito grande), onde se encontra mais uma garrafeira, com prateleiras deslizantes, e mais alguns lugares sentados. Na parede, não se pode deixar de reparar nas fotos das visitas que eles fazem regularmente aos produtores.
Lá fora, há ainda um pátio bastante agradável em dias bons... que foi o caso.
Deixemos agora a decoração de parte, que até é melhor ver nas fotos, e passemos para o estômago. Como não se trata de um restaurante, não há pratos elaborados mas sim petiscos para acompanhar a pinga, como queijos, enchidos, tartes, etc. Pedimos um prato misto de queijo e enchidos, todos eles de qualidade, uma tortilha e uma focaccia que também estavam muito boas.
No que toca a vinho, além da selecção de vinhos a copo, o que não falta é escolha. Além de bem representado o mapa vínico nacional, onde nem faltam os Vinhos da Madeira que tanta vez são esquecidos, há uma vasta variedade de vinhos franceses, italianos e espanhóis. E o mais interessante é que se o vinho está lá é porque eles já lá estiveram no produtor numa das muitas visitas que fazem ao “berço” do vinho. Até se pode fazer um exercício interessante, que é associar as fotos nas paredes às garrafas
Isto é especialmente interessante no caso dos vinhos estrangeiros, pois conhecem algumas coisas menos mainstream, que importam directamente sem passar pelos canais do costume. Isso faz com que se encontrem belas relações preço/qualidade.
Para não dizerem que só ando aqui a falar bem, tenho uma coisa a apontar: as temperaturas. Com tantos vinhos, grande parte deles estão nas prateleiras e, portanto, estão sujeitos à temperatura da sala. Nesses casos resta recorrer à solução do refrescar.
Na sexta-feira passada voltámos lá, desta vez para um encontro de apreciadores de vinhos que frequentam o Twitter. Com mais gente dá também para provar mais vinhos e, como é um espaço que dá para conversar à vontade, é garantia de uma noite bem passada.
Resta falar dos preços, para dizer que não vale a pena dizer o que será o normal a pagar. A título de exemplo, da primeira vez pagámos 20€ e da segunda 10€. O que define aqui o preço é o vinho que se bebe e esse há para todos os gostos e carteiras.
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